Petróleo

 

À medida que a presidenta Dilma Rousseff pressiona pelo aumento dos investimentos das multinacionais no País, ameaçando aumentar os impostos, a Petrobras tem sido vítima de um protecionismo semelhante lá fora. Na terça-feira 3, a estatal teve sua concessão cassada pelo governo de Cristina Kirchner sob a alegação de que a companhia brasileira não teria feito os investimentos prometidos. A decisão faz parte de um amplo pacote de medidas lançado pelo governo argentino contra empresas estrangeiras e produtos importados em nome da defesa da indústria local.

 

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Avon


De caça a caçador

 

Na segunda-feira 2, a americana Avon recusou a proposta de venda de 100% de seu capital para a rival francesa Coty Inc. por US$ 10 bilhões. A Avon julgou a oferta como uma ofensa. Em entrevista ao The Wall Street Journal, o presidente do conselho da Coty, Bart Becht, revelou que, há pouco tempo, a própria Avon cogitara adquirir a Coty. Com o esfriamento das negociações, a francesa, que em 2011 obteve receita de US$ 4,1 bilhões, resolveu contra-atacar e comprar a concorrente, que fatura quase três vezes mais.

 

 



Empregos


A Europa desce a ladeira

 

O desemprego na zona do euro atingiu em fevereiro seu nível mais alto desde 1997, com mais de 17 milhões de pessoas sem trabalho. O resultado é alarmante. Em comparação a janeiro, foram 162 mil novos desempregados, num claro sinal de que a recessão na Europa está se aprofundando. Veja a situação:

 

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Tecnologia


O plano bilionário da Cisco 

 

A americana Cisco, maior fabricante mundial de equipamentos de rede, anunciou na segunda-feira 2 que investirá R$ 1 bilhão no Brasil, nos próximos quatro anos. Os recursos serão destinados a projetos ambiciosos, como um centro de inovação no Rio de Janeiro e a criação de um fundo de venture capital, além da expansão das atividades da empresa no País. A previsão é de que o investimento crie 800 novos empregos. A Cisco está há 18 anos no Brasil e conta com cerca de 600 funcionários. A operação brasileira, com uma fábrica em Manaus, é a que mais cresce no mundo. 

 

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Empresas


Era uma vez uma Philips

 

O dia 2 de abril marcou a despedida da Philips da fabricação de televisores. A companhia holandesa concluiu o processo de transferência da sua tecnologia e infraestrutura para a TPV Technology, de Hong Kong. Com isso, foi criada a TP Vision, que manterá a marca Philips nos principais mercados do Ocidente. A partir de agora, a ideia é transformar a nova empresa  em uma das três maiores fabricantes de televisores do mundo. Com essa operação, a Philips ficará com 30% da nova empresa, enquanto a TP Vision terá os 70% restantes.

 

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Números


US$ 2 bilhões - é o superávit da balança comercial brasileira em março. Segundo o governo, o bom resultado foi puxado pelo aumento das exportações para a China.

 

US$ 619 milhões – é o prejuízo contabilizado pela American Airlines em fevereiro. Foi ruim, mas está menos pior. As perdas em dezembro chegaram a US$ 904 milhões.

 

771,38 mil – é o número de carros vendidos no País em março, segundo a associação das montadoras, uma leve queda de 0,65% em relação ao mesmo período do ano passado.  

 

34,4% - foi o aumento da importação de vinhos finos pelo Brasil, no primeiro bimestre deste ano. Em volume, foram trazidos ao País 8,5 milhões de litros.

 

R$ 23,9 milhões - foi o prejuízo da holding de moda Inbrands, no quarto trimestre de 2011, revertendo o lucro de R$ 16,6 milhões registrado um ano antes. 

 

US$ 779 milhões - é quanto a Lupatech, fabricante brasileira de equipamentos para o setor de petróleo, perdeu em contratos com a Petrobras, na semana passada, por falta de condições financeiras para assumir encomendas da estatal. 

 

 

 

 

Estudo

 

Brasileiro, profissão esperança

 

O clima de incerteza mundial não está afetando o humor dos empresários brasileiros. Segundo estudo da consultoria Grant Thornton International, divulgado com exclusividade à DINHEIRO, o país é o vice-líder mundial em otimismo com relação à economia, atrás apenas do Peru. O estudo é feito com 11,5 mil empresas, em 40 economias.

 

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Curtas

 

A trading Mitsubishi comprou 20% da brasileira Ipanema Coffees, uma das maiores produtoras de café do mundo. Essa é a primeira operação de uma empresa japonesa no setor cafeeiro do País.

 

A Bunge e a Solazyme, multinacionais do setor agrícola, formaram uma joint venture para produzir óleos de cana-de-açúcar. A Solazyme Bunge Produtos Renováveis, como foi batizada a nova empresa, receberá investimento de US$ 130 milhões em Urindiúva, no interior de São Paulo. 

 

A Ambev anunciou, na terça-feira 3, que planeja investir cerca de R$ 2,5 bilhões em sua operação no Brasil neste ano. O dinheiro será utilizado, entre outras coisas, na construção de um novo centro de distribuição em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. 

 

 

 


Impostos


Corta aqui, aumenta lá

 

A desoneração fiscal anunciada nesta semana pelo governo, ao que tudo indica, sairá do bolso do consumidor. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou na terça-feira 3 que o governo subirá a tributação sobre cerveja e refrigerantes para compensar as perdas do pacote de estímulos à competitividade da indústria. Ele não revelou de quanto será o reajuste médio, mas disse que será nos moldes do aumento da tributação sobre os preços dos cigarros. (leia mais aqui)

 

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Entrevista


“O imposto sindical é uma aberração”

 

Uma vez por ano, o trabalhador brasileiro vê um dia de trabalho descontado do contracheque para financiar sindicatos que, em muitos casos, não existem, não passam de meras fachadas ou são inoperantes. Para o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, a causa dessa distorção  tem nome e sobrenome: imposto sindical.

 

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Por que a CUT, que recebe o imposto sindical, é contra a cobrança? 

Porque a obrigatoriedade é absurda e ajuda a criar sindicatos fantasmas, que só existem no papel para receber uma fatia do bolo. A situação é tão ridícula que existe empresário que monta sindicato para representar seus funcionários. E há sindicatos que não querem ter novos sócios. Isso porque o dinheiro fácil está garantido.

 

O fim do imposto não vai enfraquecer o movimento sindical?

Ao contrário, os sindicatos de verdade ficarão mais fortes. A partir do momento em que a contribuição for opcional, os sindicalistas precisarão mostrar serviço para convencer o trabalhador de que merecem seu dinheiro. Esse imposto arrecada mais de R$ 1,5 bilhão por ano.

 

A ideia de acabar com o imposto é antiga, mas nunca emplaca…

Porque há muita gente que bebe dessa fonte. Se os sindicatos são a favor da redução dos impostos em geral, por que não dão exemplo reduzindo seu próprio imposto? O imposto sindical fere a liberdade, é uma aberração e precisa ser banido. 

 

 

Colaborou: Rafael Freire