O ex-ministro da Fazenda e hoje diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, 18, que os indicadores habituais do Brasil não estão com “sinal vermelho” e que, por isso, é difícil falar que o País passa por uma “crise”, mesmo na questão fiscal, que tem sido objeto de preocupação do mercado financeiro. Levy reforçou, porém, que isso não significa que não há riscos a serem monitorados no radar.

Na avaliação do ex-ministro, o déficit fiscal, embora persistente, tem sido parecido com o que era registrado nos anos de 2017 e 2018, por exemplo, o que, em tese, não deveria ser fonte de preocupação. Ele disse que, a depender do que for apresentado pelo governo federal nos próximos dias, a percepção sobre o risco fiscal deve, sim, diminuir. “Não há nenhuma indicação de que o fiscal vai sair do controle no ano que vem”, reforçou.

Entre os pontos positivos à frente, Levy ainda citou que o PIB, embora com perspectiva de desaceleração, deve seguir crescendo em 2025 e que o cenário das contas externas brasileiras segue bastante sólido. Assim, tudo o mais constante, Levy acredita que pode haver alívio no câmbio à frente, com potencial impacto positivo, também, sobre a inflação doméstica.