29/07/2014 - 11:45
Um dos serviços que mais cresce hoje no mercado de internet é o de streaming de músicas. Napster, Deezer, Spotify, Rdio e outros contam com um portfólio de títulos muito parecido e dizem se orgulhar de seus serviços de curadoria.
A disputa pelos ouvidos conectados à rede, que ainda deve ganhar a participação da Apple, que comprou a Beats, e do Google, que estuda transformar o Youtube em um serviço de músicas, no entanto, não é um problema, segundo o vice-presidente e responsável pelos negócios da Napster no Brasil e América Latina, Tiago Ramazzini.
Para o executivo, os atuais postulantes a soberanos do mercado só ajudam a tirar o usuário da pirataria. “Números mostram que metade das pessoas que visitam sites legais, desiste e acaba indo buscar as músicas nos sites ilegais”, afirmou. “Ou seja, há espaço para todos crescerem e a entrada de novos competidores só chama a atenção do consumidor para nossos serviços.”
A Rhapsody International, empresa detentora da marca Napster e Rhapsody, anunciou nesta terça-feira 28 que possui mais de dois milhões de assinantes globais pagantes por seus serviços de música – incluindo Napster, Rhapsody, e também pelo serviço de rádio pela internet Rhapsody unRadio. Número que está crescendo e deve manter a tendência.
Mas o executivo está de olho no futuro e acredita que, quando o mercado se consolidar, alguns nomes vão sumir. “Hoje são 400 serviços de música na web”, afirmou. “Nem todos vão viver. Haverá uma consolidação e a Napster deve estar entre as empresas que sobreviverá.”
Para impulsionar seus serviços, o Napster fechou acordos com operadoras de telecomunicação e empresas de conteúdo nos países onde quer atuar. No Brasil, os parceiros são Vivo/Telefônica – que detém uma parte da empresa – e o portal de internet Terra. A plataforma substituiu o serviço de músicas do portal de notícias brasileiro, o Sonora, que também era comandado por Ramazzini. “Fizemos um bom trabalho no Terra com o Sonora”, diz. “Muito do que fiz lá, estamos aplicando aqui no Napster.”
O executivo afirmou que a plataforma de músicas também está crescendo em outros dispositivos conectados. As smart tevês formam um dos grupos em destaque no avanço. A maior parte dos usuários, no entanto, estão em tablets e smartphones. A parceria com a Vivo rendeu 150 mil clientes para a Napster. Eles pagam R$ 2,99 por semana para ter acesso às músicas.
A importância da América Latina nos negócios da empresa ainda é pequena. A Napster começou a trabalhar por aqui em outubro do ano passado, quando a operação já era forte em países como Estados Unidos e no continente europeu. O Brasil foi o primeiro latino a receber o serviço. O País é o principal da região para a empresa e, segundo Ramazzini, deve ganhar destaque nos resultados mundiais em breve. O maior mercado latino de música, no entanto, é o mexicano. Mas lá o Napster ainda não conseguiu fechar parcerias.
A empresa também anunciou que vai estender a presença na América Latina e na Europa por meio de parcerias com a Movistar, subsidiária da Telefónica, e a francesa SFR