A Nasa confirmou que contribuirá para o rover marciano europeu Rosalind Franklin, cujo lançamento está previsto para 2028 após repetidos atrasos, informou nesta quarta-feira (26) a Agência Espacial Europeia (ESA).

O rover aspira a ser o primeiro no planeta Marte capaz de perfurar até dois metros abaixo da superfície para buscar indícios de vida.

No entanto, a missão depende de vários elementos fornecidos pela Nasa, agência que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, submeteu a fortes cortes orçamentários desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.

O diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher, afirmou ter recebido “uma carta da administração da Nasa confirmando a colaboração” da agência americana na missão.

“É uma boa notícia”, disse Aschbacher à margem da reunião do conselho ministerial da ESA que ocorre esta semana na cidade alemã de Bremen.

A missão estava originalmente prevista para ser lançada em 2020, mas sofreu diversos contratempos.

Em 2022, foi suspensa depois que a ESA encerrou sua cooperação com a Rússia, principal parceira do projeto, após a invasão da Ucrânia por Moscou. A ESA recorreu então aos Estados Unidos em busca de ajuda.

Aschbacher explicou que a Nasa contribuirá com três elementos da missão: o lançador, a unidade de aquecimento por radioisótopos e o motor de frenagem.

O motor de frenagem já havia sido confirmado há algum tempo, mas os outros dois componentes representam um alívio para a ESA.

Além disso, a Nasa fornecerá “um instrumento para analisar vestígios de possível vida em Marte”, acrescentou Aschbacher.

O rover, que leva o nome da cientista britânica Rosalind Franklin, está previsto para descer na superfície marciana em 2030.