27/07/2022 - 21:00
A agência espacial americana (Nasa) informou que cientistas descobriram locais sombreados dentro de poços na Lua que têm temperatura constante em torno de “confortáveis 17ºC”. Os pesquisadores financiados pela Nasa utilizaram dados da espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO). A descoberta abre perspectivas para a exploração lunar.
Dois dos poços mais proeminentes têm saliências visíveis que, segundo a Nasa, “claramente levam a cavernas ou vazios”. Os cientistas acreditam que essas saliências sejam as responsáveis pela temperatura perene – limitando o calor durante o dia, e impedindo que esfrie tanto de noite.
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Mas por que isso é tão importante? Um dia na Lua dura cerca de 15 terrestres. Durante o período, a superfície do satélite natural é constantemente bombardeada pela luz solar e atinge temperaturas elevadas, até 127ºC. As noites também são extremamente frias e chegam aos -173ºC.
Desde 2009, quando esses poços foram descobertos, cientistas se perguntam se eles levam a cavernas que podem ser exploradas e usadas como abrigo, já que a superfície lunar não é tão “amigável”. Explorar a Lua é um dos principais objetivos da agência americana.
“Saber que eles criam um ambiente térmico estável nos ajuda a pintar uma imagem dessas características lunares únicas e a perspectiva de um dia explorá-las”, completou Noah Petro, do Goddard Space Flight Center da Nasa, ao portal da agência.
“Os humanos evoluíram vivendo em cavernas, e para as cavernas podemos retornar quando vivermos na Lua”, lembrou David Paige, coautor da pesquisa, ao portal da Nasa.
O lançamento da missão da Nasa que vai retornar à Lua, a Artemis I, já tem três possíveis datas: 29 de agosto, 2 de setembro e 5 de setembro. Na terça-feira, 26, a agência divulgou um trailer da missão, que mostra o foguete Space Launch System (SLS) e simula a desconexão da cápsula Órion.
O mês de julho tem sido particularmente agitado para a agência. Antes mesmo de anunciar as possíveis datas da missão Artemis I, divulgou as primeiras imagens captadas pelo telescópio espacial James Webb, exibiu fotos de Júpiter tiradas pelo mesmo observatório e ainda teve as capitais brasileiras como modelos fotográficos da estação espacial internacional (ISS).