31/10/2022 - 23:26
A Nasa anunciou na última sexta-feira (28) que irá realizar a missão Psyche em 2023 visando conhecer mais sobre um asteroide de metal maciço, que inclui núcleo de ferro, níquel e ouro, localizado entre os planetas Marte e Júpiter.
Com o nome 16 Psyche, o asteroide tem 226 quilômetros de largura e poderia conter núcleo de metal maciço com valor estimado de US$ 10.000 quatrilhões, quantia superior à economia de todo o planeta.
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“Estou extremamente orgulhoso da equipe Psyche”, afirmou Laurie Leshin, diretora do JPL (Jet Propulsion Laboratory), da Nasa.
O lançamento da missão estava programado para agosto de 2022, com chegada ao asteroide em 2026. Problemas de software e de desenvolvimento, entretanto, fizeram com que perdesse a janela de tempo ideal. Uma revisão interna avaliou que a missão poderia ser lançada com sucesso a partir de outubro de 2023.
“Agradeço o trabalho árduo do conselho de revisão independente e da equipe liderada pelo JPL para o sucesso da missão”, disse Thomas Zurbuchen, administrador da Nasa. “As lições aprendidas com Psyche serão implementadas em todo o nosso portfólio de missões. Estou empolgado com os insights científicos que Psyche fornecerá durante sua vida e sua promessa de contribuir para nossa compreensão do núcleo do nosso próprio planeta”, acrescentou ele.
Agora, a espaçonave Psyche chegará ao asteroide, que se encontra no principal cinturão de asteroides do sistema solar entre Marte e Júpiter, em agosto de 2029, em vez do planejado originalmente para janeiro de 2026. O orbitador começará, então, pelo menos 21 meses de mapeamento da órbita e de estudo das propriedades do asteroide.
A espaçonave Psyche usará seus três instrumentos científicos para fazer medições de asteroides: um magnetômetro para medir o campo magnético do asteroide; um multiespectral para capturar imagens de sua superfície e dados, sobre o que é feito e suas características geológicas; e espectrômetros, que analisam os nêutrons e os raios gama vindos da superfície para revelar do que é feito o asteroide.
Também faz parte da missão a demonstração da tecnologia Deep Space Optical Communications da Nasa, que testará a “banda larga espacial” a laser de alta taxa de dados. Isso pode significar, no futuro, um vídeo ao vivo de Marte.