10/02/2014 - 10:55
Na última segunda-feira 3, a Natura inaugurou seu primeiro centro de inovação em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Com o novo empreendimento, a empresa de cosméticos quer reunir talentos, identificar tecnologias, ferramentas e metodologias para ampliar seu portfólio e entrar mais forte no mercado internacional.
Abertura de centro de inovação nos Estados Unidos faz parte da estratégia de ampliar mercado internacional
Mas, de acordo com o vice-presidente de inovação da Natura, Gerson Pinto, se engana quem afirma que o foco da empresa é os Estados Unidos. “Já estamos nesse mercado por meio da Aesop (empresa australiana adquirida pela Natura em 2012)”, afirma Pinto. “O que queremos é incentivar o processo de inovação e trazer ainda mais diferenciação em nível mundial.”
Se, oficialmente, a Natura não quer pensar nos EUA nesse momento, a empresa não esconde que busca conquistar mais espaço nos outros mercados onde atua com a própria marca – Peru, Chile, Argentina, México, Colômbia e França – e que a “brasilidade” dos produtos continuará sendo a principal bandeira. “A nossa proposta de valor tem potencial global e ressonância nos consumidores pelo mundo”, diz Pinto. “Nossa brasilidade é um forte ativo e faz parte da nossa essência nesses mercados.”
Essência de crescimento
O que não significa que a empresa esqueceu de outros mercados, pelo menos com a Aesop. A compra de 65% da companhia por R$ 148,7 milhões em dezembro de 2012 é fundamental nessa estratégia de expansão da Natura. Atuante em 11 países da América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, a Aesop é a aposta para manter a evolução das operações da companhia, presidida por Alessandro Carlucci. “Entrar em novos mercados é sempre desafiador”, afirma José Vicente Marinho, vice-presidente de marcas e negócios da Natura. “Mas também não podemos esquecer dos desafios no mercado brasileiro, onde há forte atuação de outras multinacionais.”