Foi firmado nesta segunda-feira (26) o acordo entre França e Estados Unidos sobre imposto digital, tema que vinha causando mal estar entre os países. O acordo foi fechado entre o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow.

Os termos do novo imposto digital ainda precisam ser aprovados pelos presidente Donald Trump e o Emanuel Macron, e prevê que a França pagaria às empresas a diferença entre o imposto francês e um mecanismo que está sendo desenvolvido pela OCDE. O projeto será apresentando ainda nesta semana aos líderes, que se encontram em Biarritz, na França, para reunião da cúpula de líderes do G7.

O imposto francês foi uma maneira do país atacar a questão da evasão de lucros obtidos na França enquanto é negociada uma solução de caráter global, mas foi mal visto pelo Estados Unidos, que como retaliação ameaçou taxar vinhos franceses. O projeto prevê taxação de 3% às receitas de serviços digitais obtidas por empresas com mais de 25 milhões de euros em receita na França e 750 milhões de euros em todo o mundo.

A decisão afeta diretamente as big tech (Amazon, Google, Apple, Facebook e Microsoft), todas elas americanas e que se aproveitam de países com baixos impostos, como Irlanda e Luxemburgo, para registrar seus lucros. Importante lembrar que por conta de manobras fiscais, a Amazon não precisou pagar impostos pelo segundo ano consecutivo.