19/06/2013 - 22:33
Quando entrou no curso de direito no final dos anos 1990, no Largo São Francisco, em São Paulo, o paulista Gustavo Albanesi, 30 anos, dono da rede de franquias Buddha Spa, não imaginava que terminaria a faculdade como investidor em clínicas de estética. Mas o gosto pelas finanças e a vontade de empreender o fizeram apostar em um ramo ainda incipiente no Brasil àquela época: o de spas.
Gustavo Albanesi, dono da rede franquias Buddha Spa
Em 2001, com investimento de R$ 220 mil, ele abriu uma clínica de massagem shiatsu em São Paulo. O empreendimento cresceu e se transformou na rede Buddha Spa, que, hoje com 16 unidades, é a maior franqueadora de spas do País, pretende alcançar 30 lojas até o fim do ano e faturar R$ 7 milhões. A meta é chegar até 2015 com 70 franquias e lançar uma linha de cosméticos.
O negócio
A ideia de investir em spa surgiu em 2001 como oportunidade de negócio aliada a um prazer de Albanesi. Por gostar de massagem, o empresário se interessou em saber como era possível ganhar dinheiro no ramo de saúde e bem-estar e encontrou a empreendedora Luiza Sato, que atuava no segmento, com uma clínica que oferecia massagem shiatsu. Depois de abrir a primeira unidade, foi para os Estados Unidos estudar finanças. Lá trabalhou em grandes bancos e conheceu o mercado de clínicas de estética, que já era bem desenvolvido no Exterior, mas ainda pouco explorado no Brasil.
Albanesi percebeu, então, que havia espaço para explorar esse nicho e abriu uma segunda unidade da clínica de shiatsu em um shopping no interior de São Paulo, em 2004. ?O crescimento da preocupação com qualidade de vida e saúde preventiva estava cada vez mais alinhado ao conceito de bem-estar e não tinha nada no mercado que explorava isso do ponto de vista empresarial?, disse.
Massagem é um dos serviços mais procurados na Buddha Spa
Foi aí que surgiu a oportunidade para aumentar os negócios. O empresário melhorou a clínica de massagem shiatsu e a transformou no Buddha Spa, criando um conceito de spa urbano, que inclui relaxamento, massagem helvética com técnica oriental, técnica tailandesa e chinesa, acupuntura e pilates.
Com os negócios dando certo, Albanesi saiu do banco em 2008, e com o dinheiro que ganhou, somando salário e bônus, investiu na expansão da rede. Foi quando passou a desenvolver um plano de padronização para o Buddha Spa e, em 2009, abriu a terceira unidade.
A partir de 2010, criou o modelo de franquias e começou a replicar o que havia feito nas outras unidades. ?Testamos o modelo de negócio, o tamanho das lojas, os serviços oferecidos, o valor do investimento – e custo do imóvel, para conseguir replicar isso num modelo sustentável de franquia?, disse. Em 2011, abriu mais três franquias e, em 2012, mais nove e fechou o ano com um faturamento de R$ 4,7 milhões.
Hoje, a Buddha Spa tem unidades instaladas em espaços na rua, dentro de hotéis, dentro de academias e de shoppings – e lançou, recentemente, unidades dentro de empresas. A Buddha Spa pretende chegar a 30 franquias até o fim ano e iniciar operações na região Sul do País, principalmente em Curitiba. Hoje, a marca já está presente em São Paulo, Ribeirão Preto, no Rio de Janeiro e em Goiás.
Expansão
Albanesi planeja expandir a rede por meio de fusões ou aquisições de spas e clínicas de estética menores, das quais ele não revelou o nome – para transformá-las em Buddha Spa. O empresário já está em processo de captação de R$ 9 milhões com investidores privados para adquirir uma rede de clínicas de estética e lançar uma linha de cosméticos.
Com essa aquisição, a Buddha Spa ficará com 70 unidades e a expectativa de faturamento é de R$ 30 milhões.
O Buddha Spa oferece relaxamento, massagem com técnica oriental, tailandesa e chinesa
Linha de cosméticos
A linha de cosméticos que está sendo devolvida envolve produtos de bem-estar facial e de beleza (maquiagem, unhas, cabelo) e ainda está em processo de criação. Segundo Albanesi, não existe uma marca, mas já existem laboratórios cuidando do desenvolvimento dos produtos, os centros de distribuição e os fornecedores. O objetivo é chegar a 50 pontos de vendas.
As próprias franquias Buddha Spa serão o ponto de venda da linha de cosméticos. ?A estratégia é explorar a marca associada a um produto e conseguir fazer com que o cliente associe o produto a uma experiência?, disse. Essa linha também terá um canal de vendas online.
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