21/05/2010 - 6:00
Além das semanas de moda, estilistas famosos como John Galliano e Donna Karan podem ser encontrados em outro local: na feira Première Vision, que ocorre duas vezes ao ano em Paris, na França. Trata-se de um evento que reúne empresas selecionadas da indústria têxtil e que lança as tendências de moda das próximas estações.
Fonte de inspiração: o evento apresenta as cores que estarão na moda nas próximas estações
Com a ascensão dos Brics e a globalização da moda, a Première Vision teve de se atualizar: deixou de ser um evento local para acompanhar as mudanças de comportamento pelo mundo. Afinal, as novidades da moda podem vir de qualquer lugar ? não apenas de Paris. E assim a feira gerou filhotes em Nova York, Moscou, Tóquio e Brasil. Até a arquirrival Milão, que compete com Paris pelo título de berço de grifes famosas, ganhou uma versão do evento.
“Metade dos expositores é da indústria brasileira”
Jacques Brunel, diretor da Première Vision
Por aqui o Première Vision aterrissou em janeiro do ano passado, mas chegou com um nome diferente: chama-se Première Brasil. ?O País tem uma indústria e uma cultura têxteis muito fortes. Por isso criamos um evento diferente, no qual metade dos expositores é da indústria brasileira?, conta o francês Jacques Brunel, diretor da Première Vision, de passagem pelo Brasil para divulgar a versão tupiniquim que ocorre pela segunda vez nos dias 21 e 22 de julho, em São Paulo.
Logo na estreia o Première Brasil já teve 67 expositores e cerca de três mil visitantes, entre representantes da Osklen, Animale, NK Store, Reinaldo Lourenço e outras grifes brasileiras. O que atrai os visitantes é a possibilidade de conhecer, com um ano de antecedência, a cartela de cores e os tecidos que estarão em alta.
?A Première é uma das feiras mais esperadas na moda. Sua chegada ao Brasil colabora para nossa entrada definitiva no calendário internacional?, aponta Andréia Miron, professora do curso de moda da faculdade Santa Marcelina. Considerando-se as estatísticas mundiais, a feira deve crescer. Apesar da recessão, o número de visitantes aumentou 11,5% na Inglaterra, 8,5% na Itália e 41,3% na Rússia. No Brasil, a tendência também é de alta. A Fenit, o evento mais tradicional do gênero que ocorre no País, que se cuide.
