A crescente popularidade tem impulsionado um aumento nos crimes relacionados aos tokens não fungíveis (NFTs), entre eles lavagem de dinheiro e a negociação de lavagem. Segundo o Chainalysis, empresa que monitora tecnologias de blockchain e suas aplicações, há evidência significativa de práticas ilegais no mercado dos colecionáveis digitais exclusivos.

Em 2021, foram negociados U$ 44 bilhões em criptomoedas ligadas a NFTs, um aumento significativo em relação a 2020, quando foram registrados US$ 106 milhões em 2020. O site Business Insider também apontou ao aumento de crimes junto à disparada de procura por NFTs.

+ Nike processa plataforma StockX por leilão de NFT de sua marca
+ Justin Bieber segue Neymar e compra NFT por R$ 6,9 milhões

A negociação de lavagem (“wash trading”) é a prática ilegal de comprar de si mesmo um ativo a fim de manipular o valor e a liquidez do mercado. Como o usuário não precisa informar sua identidade e as transações são feitas com contratos autônomos, muitas pessoas tentaram praticar o crime, mas sem êxito. Quem obteve sucesso, no entanto, obteve boa margem de ganhos.

A Chainalysis indica que 262 usuários tentaram a negociação de lavagem em 2021, mas apenas 41% tiveram participação em um lucro de US$ 8,9 bilhões. Por outro lado, os que não conseguiram valorizar os próprios ativos com a prática perderam aproximadamente US$ 500 mil.

Em relação à lavagem de dinheiro, as compras de NFTs tiveram US$ 3 milhões enviados por endereços ilícitos – a quantia em 2020 foi de US$ 500 mil. Um exemplo são os US$ 284 mil em cripto comercializados pela Chatex, corretora virtual cuja atuação é bloqueada pelo governo americano.