A Nintendo quer passar de fase e voltar a se aproximar cada vez mais do público brasileiro. A desenvolvedora de games e consoles vem dando passos largos para se consolidar novamente no mercado nacional.

Estande da Nintendo na CCXP (Crédito:Mauro Balhessa/IstoÉ)

Histórico

Oficialmente, a Big N chegou por aqui em 1993 por meio de uma parceria com a Gradiente e Estrela, que viria a se tornar a Playtronic.

Após várias mudanças sobre os representantes da companhia aqui, e em baixa com o seu console fracassado Wii U, ela saiu em 2015. Para se ter uma ideia, o modelo comercializou pouco mais de 13 milhões de hardwares no mundo.

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Jogo Super Mario Bros. Wonder (Crédito:Mauro Balhessa/IstoÉ)

Volta por cima

Em 2017, a japonesa lançou o híbrido Nintendo Switch, que hoje tem mais de 132 milhões de unidades vendidas, para efeito de comparação. Com ele, a Nintendo foi consolidando suas vendas e retornou oficialmente ao mercado nacional em 2020. De lá para cá, aumentou sua presença, com a venda de consoles, eshop nacional e jogos localizados para o português do Brasil, para citar.

Ela, que esteve presente na BGS (Brasil Game Show), evento dedicado aos jogos, foi à CCXP, evento de cultura pop, com o objetivo de ampliar o seu público e surfar no sucesso do “Super Mario Bros. O Filme (2023)”.

“Este é o grande ano do Mario e a CCXP é sobre cultura pop. O Mario faz parte da cultura pop. Então, viemos aqui sentir o público e a energia. Além disso, lançamos também o (jogo) Super Mario Bros. Wonder em português”, explicou o Bill Van Zyll, diretor da Nintendo para América Latina, com exclusividade à ISTOÉ DINHEIRO.

Bill Van Zyll, diretor da Nintendo para América Latina (Crédito:Mauro Balhessa/IstoÉ)

Bill ressalta que o mercado brasileiro foi o nono que mais assistiu o filme do Mario.

“A ideia é trabalhar mais e mais por aqui e subir os degraus no Brasil. Fazer a marca crescer e alcançar mais consumidores. Mas estou muito feliz com os resultados.”

Para o público gamer, o diretor deixou bem claro quais são os próximos passos da Big N por aqui, como seguir trazendo mídias físicas nacionais, localizar os jogos, ter lançamentos no chamado “day one” ou junto com o global.

O executivo explica que caminha para chegar em uma participação de mercado de 40%, como ocorre no Chile e México. Mesmo sem comentar números, ele afirma que há um crescimento forte por aqui.

*A entrevista ocorreu durante a CCXP, realizada de 30 de novembro a 3 de dezembro. A ISTOÉ DINHEIRO foi ao evento à convite da Nintendo.