08/04/2021 - 19:07
O presidente da STI Norland Brasil, Javier Reclusa, foi o convidado da DINHEIRO, na live desta quinta-feira (8). O grupo espanhol dirigido por Reclusa atua na fabricação e no fornecimento dos chamados trackers, que são rastreadores usados em plantas de geração de energia solar fotovoltaica para alterar a posição dos painéis durante o dia, seguindo o caminho do sol. Na entrevista, o executivo falou sobre os desafios – armazenamento e distribuição -, os gargalos e as oportunidades, como trabalhar toda cadeia do segmento – fabricar, construir e operar usinas solares. “Do ponto de vista do investimento a simplificação dos impostos e o ajuste na burocracia facilitaria a chegada de mais investidores no Brasil”, diz.
+ Live da Dinheiro, nesta quinta-feira, 8 de abril: Javier Reclusa, CEO da STI Norland Brasil
Com efeito, o CEO trabalha com a certeza que o Brasil tem uma matriz energética composta predominantemente por hidrelétricas que, apesar de renovável, provoca prejuízos ambientais específicos, além de não suprir completamente a demanda por energia, sendo necessário recorrer em determinados períodos às termelétricas, que apresentam notadamente efeitos nocivos ao meio ambiente. Reclusa entende que o mercado de energia renovável, no Brasil e no mundo, tem crescido significativamente na última década e que esse crescimento dentre os meios de energia com baixo teor de carbono não é uma onda passageira, mas, sim, a solução para o país trilhar um caminho sustentável. “Somos um setor privilegiado. A energia solar será a principal fonte energética do mundo no futuro.”
Na conversa, o executivo espanhol disse que as tecnologias para geração de energia solar fotovoltaica, apesar da recente implantação no país, tem evoluído consideravelmente e está ficando cada vez mais acessível aos brasileiros. A verdade completa é que o país não explora, nem de perto, o potencial da energia solar possível. O mercado corresponde a 1,7% de toda a matriz energética do país, alcançando a geração de 3 GW no mês de outubro de 2020, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Os números divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), na primeira quinzena de março, mostram que a geração de energia fotovoltaica cresceu 18,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Muito antes de 2050, as matrizes energéticas de todo o mundo serão renováveis. O Brasil é o nosso principal mercado”, finaliza o executivo.
Assista aqui a entrevista completa com o economista durante a Live da Dinheiro.