02/11/2005 - 8:00
A rainha Elizabeth II e o príncipe Philip, o casal de sangue azul da Inglaterra, ostentam fortuna superior a US$ 500 milhões. É uma riqueza que se divide em obras de arte, propriedades e jóias acumuladas ao longo dos séculos da Casa de Windsor. Estes bens, além de valiosas relíquias, fazem parte da história do povo inglês. É raríssimo, portanto, ver um desses objetos nas mãos de um plebeu. Quando isso acontece, é um grande evento, se torna desejado e o preço vai às alturas. O Royal Yacht Bloodhound, um barco construído em 1936 e ainda navegável, está nesse patamar. Desde a sua fabricação, a embarcação com 12 metros de extensão faz sucesso entre os amantes de disputas náuticas. Pertenceu, por exemplo, a Miles Wyatt, o criador da lendária regata Admiral?s Cup. Mas o Bloodhound só entrou para o Olimpo dos barcos ao ser vendido para o príncipe Philip em 1962. Permaneceu, por mais de uma década, com a nobreza, foi vendido e agora pode retornar ao comando de um outro plebeu. O atual dono, o inglês Tony McGrail, está reformando o iate para vendê-lo. Preço: US$ 3 milhões.
O valor é alto se comparado a uma embarcação nova. Mas o preço, neste caso, leva embutida a trajetória, os mitos e manias da família real. É, sem sombra de dúvidas, o maior ativo da peça. Quando Elizabeth e Philip compraram o Bloodhound, o espaço interno foi remodelado. Isso porque o barco era preparado para competições e não para passeio. Sua Majestade ordenou que fossem construídas quatro cabines, uma grande cozinha, um amplo salão e um banheiro extra para a tripulação. Tornava-se, a partir daquele momento, um iate de luxo. Quem estiver disposto a pagar o que pedem pelo Bloodhound poderá fazer o mesmo. O novo dono tem a opção de remodelar todo o interior da embarcação. A parte externa permanece igual para preservar a história.