24/08/2025 - 13:00
Na visão do CEO da HP, Ricardo Kamel, os notebooks com Inteligência Artificial (IA) que recém chegaram ao mercado estão em um preço ‘relativamente acessível’ e, no Brasil, atendem a uma demanda aquecida, dado que o país é uma vanguarda no uso de inovações.
+IPO da Max Titanium? CEO do Grupo Supley fala sobre eventual entrada na bolsa de valores
+‘Já tentei ter fábrica no Brasil, mas a conta não fecha’, diz Caito Maia, da Chilli Beans
Ao Dinheiro Entrevista, relata que a HP incluiu notebooks com IA no portfólio ainda no começo deste ano, vendo uma crescente na demanda.
“Nós vimos, em uma pesquisa, que aproximadamente, de 15% a 20% de todos os usuários da América Latina falavam já estavam com algumas ferramentas de inteligência artificial. Agora, no Brasil, 40% já estão utilizando algum tipo de ferramenta de inteligência artificial. Então o Brasil ele demonstra uma curiosidade, uma vanguarda, na adoção da tecnologia no dia a dia”.
O diferencial dos modelos é a inclusão de, além de Unidades Centrais de Processamento (CPUs), também as Unidades de Processamento Neurais (NPUs) – permite à máquina lidar com IA embarcada.
Os modelos de entrada custam R$ 4.500 e os de ponta custam até mais de R$ 20 mil.
5600
“Pode ser que isso fique mais barato ao longo dos anos, já que é uma tecnologia mega recente. Eu vejo super acessível do ponto de vista tecnologia versus custo, principalmente porque é uma tecnologia que vai te economizar tempo. Então não é só uma relação de custo, tem que analisar a relação de custo versus performance”, avalia.
A visão do executivo é que as funcionalidades de um notebook com IA permitem uma economia de tempo que é, indiretamente, um retorno financeiro – dado que economizaria horas trabalhadas em tarefas repetitivas, então gerando um retorno em um cálculo de hora-salário.
Dentre as funcionalidades de máquinas com IA embarcada estão ajustes de iluminação, som, ambiente e outras variáveis ao entrar em reuniões, de forma automática, além de permitir um melhor armazenamento de informações confidenciais, evitando expô-las ao risco subindo-as na nuvem.
HP mira triplicar no Brasil
A companhia mira aumentar em três vezes o tamanho da operação no país nos próximos cinco anos. Isso, aliando a expansão às metas de sustentabilidade da empresa – que incluem zerar plástico em embalagens até o ano de 2027.
Ricardo Kamel destaca que a operação global vê no país ‘uma excelente oportunidade’ de ampliar a participação de mercado e as categorias de produtos.
“Todo o portfólio que HP trabalha ao nível global está aqui no Brasil, e nós vemos isso com bons olhos, porque exatamente com isso nos ajudará a ter a expansão de todos os programas que a HP tem ao redor dela”, comenta.
Em termos de ESG e sustentabilidade, destaca que a empresa tem focado em práticas que vão desde a concepção dos produtos, analisando os materiais utilizados, até a reinserção na cadeia produtiva.
Desde 2019, a HP Brasil firmou com a WWF (World Wildlife Fund) a ambiciosa meta de restaurar e proteger florestas equivalentes a cerca de 81 mil hectares (200.000 acres), sendo parte dedicada à Mata Atlântica brasileira.
No Brasil, foram restaurados mais de 220 hectares em regiões como Alto Paraná, Serra do Mar e Mogi Guaçu/Mantiqueira. A parceria faz parte da iniciativa global HP Sustainable Forest Collaborative, com investimento previsto de US$ 11 milhões até 2030