A americana Psychemedics está no Brasil há mais de 16 anos. Mas até então fazia, em média, 20 mil exames por ano.

Especializada em testes toxicológicos de larga janela de detecção, a Psychememedics tinha como principal cliente as polícias militares, que faziam os exames nos candidatos a se tornarem policiais.

Mas uma nova lei, que entrou em vigor em março deste ano, está mudando toda a perspectiva da Psychemedics no mercado brasileiro.

A legislação 13.103, conhecida como a Lei dos Caminhoneiros, tornou obrigatório o exame toxicológico de larga janela de detecção juntamente com os demais exames médicos e mentais obrigatórios para a habilitação e renovação das carteiras de motoristas nas categorias C, D e E.

Na prática, quem quiser renovar ou ter uma carteira de habilitação para ser motorista profissional ou caminhoneiro precisará fazer o novo teste. “Devemos fazer mais de 800 mil exames neste ano”, diz Marcello Santos, responsável pela operação brasileira da Psychemedics.

Um laboratório com investimento de R$ 40 milhões foi construído na Califórnia, nos Estados Unidos, para atender a demanda brasileira.

Até o começo de 2017, a previsão de Santos é ter o mesmo laboratório no Brasil, reduzindo o custo e o tempo para que o exame fique pronto. Hoje, o exame tem custo médio de R$ 250 e demora 12 dias para ficar pronto.

Para dar conta dessa demanda, a Psychemedics fechou parceria com o laboratório mineiro Hermes Pardini, que conta com mais de 5 mil pontos de coletas pelo Brasil.

Para realizar o exame, que detecta até 12 tipos de drogas, como maconha, cocaína, anfetamina e heroína, basta um fio de cabelo. Ele consegue descobrir se alguma pessoa usou drogas até 90 dias antes da coleta.