A BM&FBovespa divulgou, na noite desta quarta-feira (11), a proposta de mudança na metodologia de cálculo do Índice Bovespa, em discussão desde meados de agosto. Pelo novo método, a participação das ações na principal média do mercado acionário brasileiro ficará condicionada ao cumprimento de quatro requisitos.

O primeiro é ter participado de 95% dos pregões no período de avaliação, que será composto por três períodos de quatro meses. O segundo é ter um volume financeiro maior que 0,1% do total de negócios nas três composições anteriores do índice, também por três períodos de quatro meses.

O terceiro é estabelecer que as ações têm de estar entre os 85% das ações que compõe os três índices anteriores, calculados em ordem decrescente pelo Índice de Negociabilidade. Esse índice é uma média que inclui não apenas a quantidade de negócios das ações, mas também o seu volume financeiro. Assim, uma ação que esteja cotada a R$ 1,00 e cujos negócios forem o dobro de outra cotada a R$ 2,00 não terá uma participação maior no índice só em função do volume.

Finalmente, não poderão participar do índice as chamadas ?penny stocks?, ações, segundo a Bolsa, que são negociadas consistentemente abaixo de R$ 1,00. Com a mudança, a Bolsa endurece os critérios de inserção das ações no índice, evitando o aumento da volatilidade provocado com a entrada dos papéis da OGX. Apesar de a petrolífera estar sendo cotada a menos de R$ 0,50 e de os prognósticos para a empresa serem ruins, o enorme volume de negócios fez com que ela seja a terceira ação em importância na mais recente composição do índice, vigente a partir do início de setembro. OGX ON representa quase 5% do Ibovespa, atrás apenas de Vale PNA (8,315%) e Petrobras PN (7,704%).

 

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