01/07/2022 - 15:43
Por Jonathan Allen
NOVA YORK (Reuters) – Parlamentares de Nova York começaram a votar na sexta-feira leis reformadas para proibir armas de fogo em uma longa lista de “lugares sensíveis”, incluindo a Times Square, após a Suprema Corte dos Estados Unidos decidir que as leis restritivas a licenças de armamentos são inconstitucionais.
A sessão legislativa emergencial começou na quinta-feira, uma semana após a maioria conservadora da Suprema Corte norte-americana decretar pela primeira vez que a Constituição dos Estados Unidos garante a um indivíduo o porte de armas em público para defesa pessoal.
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Lideranças democratas de Nova York criticaram a decisão, dizendo que haverá mais violência causada por armas de fogo se houver mais pessoas portando armas, acatando também que precisam agora afrouxar os esquemas de licenças do Estado, codificados há mais de um século.
A corte também permitiu que pessoas possam ser impedidas de portarem armas em alguns “locais sensíveis”, mas alertou os parlamentares contra a aplicação muito ampla do rótulo. O tribunal também facilitou que grupos pró-armas tenham regulações de armas de fogo revertidas, decidindo que as regulações são provavelmente inconstitucionais se não forem semelhantes aos tipos de regras elaboradas no século 18, quando foi ratificada a Segunda Emenda da Constituição do país.
O governo estadual publicou nas primeiras horas de sexta-feira o texto de um projeto que inclui uma lista com propostas de lugares sensíveis.
A lista inclui prédios do governo, instituições médicas, lugares de culto, bibliotecas, playgrounds, parques, zoológicos, escolas, faculdades, acampamentos de verão, centros de apoio a dependentes químicos, abrigos para pessoas em situação de rua, instituições de cuidados para idosos, sistemas de transporte público da cidade de Nova York, como o metrô, lugares onde há consumo de álcool ou maconha, museus, teatros, estádios e outros recintos, locais de votação e a Times Square.
(Reportagem de Jonathan Allen em Nova York)