A CBF recebeu garantias do novo presidente da Fifa, Gianni Infantino,  de que um sistema vai ser criado para proteger os jovens jogadores de  futebol da América do Sul e evitar a fuga de centenas deles para o  mercado europeu a cada ano. Além disso, o sistema vai compensar os  clubes da região pela exportação de seus craques.

“Recebemos  a confirmação de Infantino de que ele vai instaurar isso”, disse o  coronel Antonio Nunes nesta sexta-feira, após a eleição. O presidente  interino da CBF embarcou hoje mesmo de volta para o Brasil.

Para  o País e seus vizinhos da Conmebol, a prioridade na negociação de um  apoio para o suíço era assegurar que ele criaria um sistema de  ”solidariedade” pelo qual clubes europeus reenviariam aos sul-americanos  parte dos lucros com os jogadores da região, importados.

“Vamos  agora negociar como vai ser isso”, disse o coronel. Afirmando estar  ”muito satisfeito” com a eleição do novo presidente da Fifa, Nunes  indicou que Infantino já planeja uma viagem ao Brasil. “Temos um aliado  na Fifa”, insistiu.

Gianni Infantino foi eleito nesta  sexta-feira como novo presidente da Fifa. O sucessor de Joseph Blatter  levou a melhor no segundo turno da votação ao somar 115 votos, superando  seu maior rival, o xeque do Bahrein, Salman bin Ebrahim Al Khalifa, com  88. O príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein teve apenas quatro votos,  enquanto Jérôme Champagne não recebeu nenhum.