23/02/2022 - 17:21
O número de novos casos e mortes pela covid-19 nas Américas diminuiu, mas ainda existem áreas vulneráveis, como o Caribe, informou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (23).
Na semana passada, foram 2,2 milhões de novos casos de covid-19 na região, ou seja, 28% a menos que na semana anterior, e o número de mortes pela doença caiu pela primeira vez desde o início da onda da variante ômicron para 29.000 (-9%), disse a diretora da Opas, Carissa Etienne, em uma coletiva de imprensa virtual.
Mas a situação na região é desigual. Treze países e territórios registraram aumento de mortes e não atingiram a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar 40% da população.
Embora os casos tenham caído em um terço na América do Norte, novas infecções tiveram um aumento de 70% no México.
Nos Estados Unidos, o número de mortes diminuiu, mas continua alto. No geral, também caíram na América Central (-17%), mas em Honduras as mortes dos paciente em terapia intensiva continuam em alta.
Apesar das mortes em geral caírem na América do Sul em 13%, em média, no Chile a situação é crítica nas unidades de terapia intensiva.
No Caribe, onde vivem mais de 44 milhões de pessoas, os novos casos caíram 44%, mas em muitos lugares as mortes estão aumentando.
Nas Bahamas, estima-se que cerca de 10% dos profissionais de saúde estejam em quarentena, enquanto em Granada as internações em leitos de terapia intensiva aumentaram 50%, na Jamaica 23% e em Guadalupe 9%.
Segundo Etienne, o Caribe “continua especialmente vulnerável à covid-19”. E os contrastes são marcantes, com 91% das pessoas nas Ilhas Cayman totalmente vacinadas e menos de 1% dos haitianos.
A Opas atribui essas diferenças ao fato de que em alguns lugares os centros de vacinação estão localizados longe de muitas pessoas necessitadas, à escassez de pessoal e à decisão de algumas pessoas de não se vacinar.
Para amenizar a situação, a organização recomenda mais do que nunca a vacinação.
Quase 700 milhões de pessoas nas Américas já receberam o esquema completo de vacinação. Para chegar às que faltam, a Opas recomenda alcançar os mais vulneráveis em cada país, facilitando o acesso das pessoas às vacinas e criando espaços abertos para o diálogo.