14/05/2020 - 11:30
Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos diminuíram na semana passada, mas ainda se situaram em 2,98 milhões, mostrando que a pandemia de coronavírus continua a destruir um grande número de empregos – apontam dados publicados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (14).
O número de pessoas que solicitaram pela primeira vez o subsídio na semana que terminou em 9 de maio caiu cerca de 200.000 em relação ao intervalo anterior, mas foi maior do que os analistas esperavam e permanece muito superior do que em qualquer semana antes do surto de COVID-19.
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Os novos dados elevam para 36,5 milhões o número de empregos perdidos nos Estados Unidos desde a chegada da pandemia em meados de março, um número apenas comparável à situação que o país experimentou durante a Grande Depressão de quase um século atrás.
Essas pessoas que ficaram desempregadas influenciarão a taxa de desemprego, que em abril subiu para 14,7%, registrando um aumento espetacular em comparação com a situação antes da crise em fevereiro, quando era de 3,5%.
O grande confinamento para tentar conter a propagação do vírus – para o qual não existe vacina e os tratamentos ainda são experimentais – gerou a perda de 20,5 milhões de empregos em abril.
A consultoria HFE estimou que, à medida que vários estados do país começarem a reabrir seus negócios, os trabalhadores encontrarão oportunidades novamente.
“No entanto, os novos protocolos para o vírus continuarão restringindo as atividades (…) Acreditamos que as demissões continuarão nas próximas semanas, embora a um ritmo mais lento”, completou a consultoria.