09/12/2021 - 16:34
BENGALURU/SÃO PAULO (Reuters) – As ações do Nubank abriram em alta de 25% na estreia dos papéis na NYSE nesta quinta-feira, conferindo à companhia um valor de mercado de quase 52 bilhões de dólares, o que torna o banco digital a terceira empresa listada mais valiosa do Brasil.
Com essa avaliação, o Nubank, que tem a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, como acionista, só fica atrás de Petrobras e Vale.
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As ações do banco digital abriram a 11,25 dólares, ante o preço no IPO de 9 dólares.
Na quarta-feira, o Nubank precificou o IPO no topo de uma faixa indicativa que foi reduzida anteriormente, levantando cerca de 2,6 bilhões de dólares. O IPO teve uma demanda oito vezes maior que a oferta, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.
A estreia ocorre à medida que um ano recorde de listagens nos EUA se aproxima do fim. Empresas como Coinbase e Robinhood abriram capital no país em 2021.
O Nubank afirmou que teve lucro no primeiro semestre de 2021 em suas operações no Brasil. O fundador e presidente-executivo, David Velez, disse que a empresa continuará focada em três mercados – Brasil, México e Colômbia.
“Muito do capital que estamos levantando neste IPO é para a Colômbia e México. Continuaremos investindo apenas nessa oportunidade de crescimento”, disse Velez em entrevista à Reuters.
No final do mês passado, o Nubank disse que as afiliadas de Sequoia Capital, Tiger Global Management, SoftBank Latin America Funds e outros iriam ancorar o IPO e comprar ações no valor de pelo menos 1,3 bilhão de dólares.
Na B3, os BDRs do Nubank subiram até 22% em seus primeiros negócios. Às 16h26, as ações em Nova York mostravam ganho de 14,8%, a 10,33 dólares, enquanto os BDRs tinham valorização de 19,6%.
“Nubank é uma dessas companhias cujas ações queremos manter por muito tempo”, disse Douglas Leone, sócio da Sequoia, em entrevista à Reuters. A Sequoia começou a investir no Nubank em 2013.
“O foco agora é ter certeza que nós (Nubank) estamos fazendo o melhor para nossos clientes na América Latina”, disse Leone, que também é membro do conselho de administração do banco.
(Por Niket Nishant, Carolina Mandl e Tatiana Bautzer)