06/11/2025 - 13:49
O Nubank vai iniciar a transição do seu modelo de trabalho majoritariamente remoto para um sistema híbrido. A partir de 1º de julho de 2026, os funcionários do banco voltam a se encontrar no escritório pelo menos duas vezes por semana. Em janeiro de 2027, serão três dias por semana.
Em carta aos funcionários, o fundador e CEO do Nubank, David Vélez, disse que a decisão não foi tomada de forma leviana. Ele reconheceu que, apesar de a mudança ser bem recebida por muitos, a medida causará problemas para uma parcela importante, especialmente para aqueles que moram longe dos escritórios, ou para quem entrou no banco exatamente por conta da flexibilidade do trabalho remoto.
“Elaboramos um plano ponderado que permite acomodação e suporte significativos. Estabelecemos intencionalmente um período de transição de 8 meses para permitir ajustes. Estamos construindo uma série de novos escritórios para tornar mais fácil para muitos Nubankers se deslocarem por alguns dias da semana e forneceremos suporte a Nubankers elegíveis com assistência para realocação, extensões ou exceções com base em critérios específicos”, disse Vélez.
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O executivo apresentou três razões para a maior presença da equipe nos escritórios. O primeiro foi o aspecto cultural. Segundo ele, o trabalho por meio de vídeo chamadas reduz as pessoas a “quadrados”, transformando as conversas em algo transacional.
“Mais trabalho presencial aumenta o senso de pertencimento e propósito compartilhado que transformou o Nubank de uma pequena startup em São Paulo em um movimento regional”, diz.
O segundo motivo é a busca por acelerar a inovação. Vélez lembrou que as maiores inovações do Nubank começaram com a cristalização de uma ideia para desafiar o mercado bancário, com a colaboração entre pessoas na mesma sala.
Por fim, aparece a questão operacional. “O trabalho remoto otimiza a conveniência individual, mas muitas vezes à custa da produtividade coletiva. Voltar ao escritório por alguns dias todas as semanas recalibra a urgência, a coordenação e a priorização”, diz o executivo em sua carta.
