22/10/2010 - 0:00
O número de americanos diabéticos poderá duplicar ou até mesmo triplicar até 2050 em razão do envelhecimento da população, de sua diversificação e do aumento da expectativa de vida, segundo projeções do governo americano publicadas nesta sexta-feira.
Um americano adulto em cada três poderá assim sofrer desta doença até a metade do século se as tendências atuais continuarem, mostram novas análises dos Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Hoje, um americano em cada dez tem diabetes e essa prevalência vai aumentar expressivamente ao longo dos próximos 40 anos, indicou o relatório, citando, além do envelhecimento da população, o crescimento demográfico das minorias nos Estados Unidos, que apresentam um maior risco de desenvolver a diabete adulta ou do tipo 2.
Outro fator: os diabéticos vivem mais tempo, notaram os pesquisadores do CDC, cujas projeções foram publicadas no jornal “Population Health Metrics”.
Esse estudo prevê que o número de novos casos de diabetes passe de 8 em cada mil habitantes em 2008 para 15 a cada mil habitantes em 2050.
“Esses números são alarmantes e mostram a necessidade crucial de mudar o curso”, insistiu a Doutora Ann Albright, diretora da divisão de diabete dos CDC.
Programas de prevenção visando os grupos de alto risco de desenvolver a diabetes tipo 2 podem reduzir consideravelmente o frequência futura de casos, mas sem a eliminar completamente, destacou o relatório.
Os CDC e seus parceiros trabalham com uma variedade de iniciativas de prevenção e para minimizar as complicações da doença, principalmente as cardíacas.
Além do envelhecimento da população, o aumento da expectativa de vida e o crescimento demográfico das minorias, a explosão de casos de diabetes nos últimos anos reflete igualmente um forte aumento no mundo inteiro, apontaram os CDC.
Segundo a Federação Internacional da Diabetes, cerca de 285 milhões de pessoas no planeta são diabéticos em 2010 e esse número pode chegar a 483 milhões até 2030, segundo a organização.
Os fatores de risco para a diabetes tipo 2 são o envelhecimento, a obesidade, histórico familiar, diabetes gestacional, sedentarismo, bem como fatores étnicos.
Dessa forma, os afro-americanos, hispânicos e descendentes de índios, além da população do Alasca e das ilhas do Pacífico, têm mais predisposição à doença.
Essa doença era o sétimo a causar mortalidade em 2007 e é o principal responsável de novos casos de cegueira em adultos com menos de 75 anos, bem como falência renal e amputação de membros inferiores sem ligação a acidentes.
A diabetes custa duas vezes mais para ser tratada do que outras doenças, custando um total de 174 bilhões de dólares por ano atualmente nos Estados Unidos.
Vinte e quatro milhões de americanos têm hoje diabetes e 25% deles não sabem.
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