03/08/2018 - 18:04
O mercado de cartões de débito no Brasil é dividido quase igualmente por três empresas. Dados divulgados nesta sexta-feira, 3, pelo Banco Central mostram que Mastercard, Visa e Elo têm tamanho equivalente após o forte crescimento de quase 30% no número de clientes da terceira empresa no ano passado. A pesquisa mostra ainda que o universo de cartões de débito ativos aumentou 6,2% no decorrer do ano passado. Já o número de plásticos com a função crédito diminuiu 1,9%.
A pesquisa Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil mostra que em 2017 o mercado do débito brasileiro foi liderado pela Mastercard, que terminou o ano com 39,6 milhões de plásticos ativos após crescimento de 2,5% da base de clientes. Em seguida, aparece a Visa que perdeu 6% dos usuários e registrou 33 milhões de plásticos ativos. A norte-americana já está ameaçada pela brasileira Elo, que viu o número de clientes saltar 28,1% em um ano, para 32,9 milhões de plásticos ativos.
Criada em 2011, a Elo é uma sociedade entre Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Os três bancos têm emitido número crescente de plásticos com a marca nos últimos anos, principalmente nos segmentos de baixa e média renda. A empresa não divulga a composição societária para a imprensa.
A pesquisa do BC mostra ainda que o número de cartões de débito ativos cresceu 6,2% no ano passado e atingiu 107,59 milhões de plásticos. Esse universo representa apenas um terço do total de cartões emitidos, que alcançou 323,71 milhões. Isso quer dizer que apenas um a cada três cartões de débito emitidos pelos bancos estão ativos.
No mercado de crédito, ao contrário, o universo de plásticos ativos caiu 1,9% no ano passado, que terminou com 81,97 milhões de cartões ativos. Nesse segmento, administradoras contabilizaram 150,15 milhões de plásticos emitidos. Ou seja, a taxa de plásticos ativos é de 54,6%.
A pesquisa mostra ainda que o número de transações na função débito cresceu de 6,8 bilhões para 7,9 bilhões de operações no ano. Já na função crédito, o volume de transações passou de 5,9 bilhões para 6,4 bilhões no ano. A participação das operações de débito cresceu de 53,9% para 55,4%. “O que está em consonância com o direcionamento dado pelo BC de que o cartão de débito seja cada vez mais utilizado como instrumento de pagamento”, diz a pesquisa do BC.