Em quatro anos, o número de jovens de 16 e 17 anos prontos para votar cresceu mais de 51%. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baseados em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em 2018, os jovens de 16 e 17 anos somavam 1,4 milhão de votantes (0,95% do total). Hoje são 2.116.781 de eleitoras e eleitores nessa faixa etária aptos a votar nas urnas eletrônicas, representando mais de 1,3% do total do eleitorado nacional.

A mesma evolução foi registrada entre as eleitoras e eleitores com mais de 70 anos de idade, em que o voto não é obrigatório. Em 2018 somavam pouco mais de 12 milhões de pessoas, número que saltou para 14.893.273, em 2022, o que equivale a um crescimento de quase 24%.

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Para o TSE, o aumento da consciência cidadã entre os jovens e o maior envolvimento dos idosos com o processo eleitoral pode ser atribuído as campanhas do Tribunal para o alistamento e regularização de cadastros, finalizadas em maio.

“Essas campanhas acabaram repercutindo na mídia do país e entre artistas, atletas, celebridades e influenciadores digitais, que emprestaram a sua voz para convencer o público a acessar a plataforma TítuloNet, na página do TSE, e apresentar os documentos necessários para se tornar uma eleitora ou eleitor”, diz nota do TSE.

Um movimento no Twitter no dia 16 de março contou com a participação dos perfis no Twitter do TSE, dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), de diversos influenciadores digitais, de organizações da sociedade civil e de instituições públicas e privadas.

Foram publicados durante a mobilização cerca de 6,8 mil tweets com esse tema, que chegaram as telas de mais de 88 milhões de pessoas. Mais de 4,7 mil usuários do Twitter participaram da iniciativa, fazendo suas próprias publicações ou retransmitindo as postagens feitas por pessoas que seguem.

As estatísticas do TSE mostram que, no geral, o número de eleitoras e eleitores habilitados para votar em 2022 cresceu 6,21%, passando de 147 milhões para 156.454.011 de pessoas, em relação a 2018. O aumento supera o crescimento de 1,47% da população no mesmo período, segundo o IBGE.