A Nvidia retomou o posto de companhia mais valiosa do mundo, com US$ 3,446 trilhões de valor de mercado, ultrapassando por pouco a Microsoft.

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Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, a Nvidia ganhou US$ 157 bilhões em valor de mercado no acumulado de 2025 até então, ficando no topo ainda que a Microsoft tenha ganhado praticamente o dobro disso, com US$ 307 bilhões.

Em terceiro lugar, a Apple, com US$ 3,036 trilhões de valor de mercado. A gigante liderada por Tim Cook enfrenta um 2025 de perdas, com uma retração de praticamente US$ 750 bilhões em valor de mercado.

A companhia tem sofrido mais do que seus pares com as tarifas comerciais impostas pelos EUA, já que grande parte da sua produção ocorre em solo asiático.

Além disso, a empresa registrou um desempenho abaixo do esperado do iPhone 16, com um lançamento do iPhone 16 que não atingiu as expectativas de vendas, especialmente na China.

Por fim a empresa também tem enfrentado dificuldades em integrar e monetizar tecnologias de inteligência artificial no seu portfólio de produtos.

Vale destacar que o levantamento considera apenas empresas dos Estados Unidos. Afora isso, companhias como a Saudi Aramco – que vale US$ 2,43 trilhões -também entrariam em um ranking global.

Na Europa, algumas empresas possuem grandes tamanhos, mas nenhuma entra no conhecido clube do trilhão. As maiores do continente são a Novo Nordisk, com cerca de US$ 321 bilhões e a SAP, da Alemanha, com US$ 358 bilhões.

Nvidia retorna ao topo após início de 2025 caótico

A Nvidia tinha se tornado empresa mais valiosa do mundo pela primeira vez em 2024, perdido o posto e agora retorna à liderança. O início deste ano de 2025 foi de volatilidade e perdas para a gigante de Jensen Huang, que viu seus papéis caírem com a chegada da DeepSeek.

A empresa defende, todavia, que embora os modelos da DeepSeek sejam eficientes, eles ainda requerem um número significativo de GPUs – o que sinaliza que a demanda pelos produtos continuaria robusta.

O Diretor de Enterprise Sales da companhia para América Latina, Marcio Aguiar, relatou ao Dinheiro Entrevista que o surgimento da tecnologia ‘não foi uma novidade’.

“Na verdade isso abriu muito as nossas portas. As empresas que até então tinham a percepção de que somente poderiam desenvolver esse modelo de linguagem usando o que há de melhor da Nvidia agora consegue utilizar outros modelos. Isso [DeepSeek] para nós não foi uma novidade”, disse, à época.

Afora isso, os últimos resultados da companhia foram vistos com bons olhos pelo mercado.

No primeiro trimestre deste ano a receita reportada pela empresa foi de US$ 44,06 bilhões, superando as expectativas do consenso.

Para o segundo trimestre o guidance da Nvidia é de US$ 45 bilhões em receitas, representando uma alta de 50% na base anual.