27/10/2022 - 20:10
Jornal ressalta importância da preservação da Amazônia para sobrevivência do planeta e compara políticas de Lula e Bolsonaro para o clima. “O dia mais importante para a Terra é o 30 de outubro.”O jornal americano The New York Times publicou nesta quinta-feira (27/10) em seu portal de internet um para explicar por que o resultado das eleições presidenciais no Brasil poderá ser determinante para o futuro do planeta.
O jornal afirma que “está em jogo algo mais importante do que somente a liderança de uma das maiores economias do mundo”. “Quem vencer as eleições herdará o controle sobre mais da metade da floresta tropical da Amazônia e, por extensão, determinará as condições da vida na terra”, diz o texto que acompanha o vídeo no portal do NYT.
No vídeo, a líder indígena brasileira Txai Suruí afirma que a votação deste domingo pode ser a última chance de salvar a Amazônia, com o desmatamento desenfreado ocorrido nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro.
Suruí chegou a entrar na Justiça para que o governo agisse na proteção do clima. Seu depoimento durante Conferência da ONU sobre o Clima em Glasgow, em 2021, ganhou grande repercussão internacional, mas lhe rendeu críticas diretas de Bolsonaro.
O vídeo explica que a perda de milhões de árvores resulta na diminuição das chuvas, o que também afeta regiões muito distantes. Como exemplo, o NYT lembra que as chuvas na região agrícola da California vêm da Amazônia. Além disso, bilhões de toneladas de carbono são apreendidos pelas árvores.
O vídeo destaca que o Brasil possui sistemas de satélite para monitorar o desmatamento na Amazônia, mas afirma que 98% dos alertas gerados por esses sistemas não são investigados, uma vez que Bolsonaro “eviscerou a agência que combate crimes ambientais”.
Projeto de lei “mais destrutivo do mundo”
O NYT alerta para o que chama de “o projeto de lei menos conhecido e mais destrutivo no mundo hoje em dia”, o PL2633, proposto pelo governo, que visa “legalizar as terras que os criminosos roubaram”. O projeto, segundo o vídeo, “não somente perdoa os crimes ocorridos no passado, mas abre caminho para que novos crimes sejam cometidos”.
O jornal afirma que o Bolsonaro mantém o desejo de “sacrificar a Amazônia, suas áreas de conservação e terras indígenas para o agronegócio”. Por outro lado, o texto afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “promete cessar a destruição e já provou que pode ser rígido contra os crimes ambientais”, lembrando resultados positivos obtidos nos dois mandados de Lula à frente do governo.
O NYT afirma que, para muitos brasileiros, esta será uma “eleição dolorosa entre dois candidatos profundamente imperfeitos”, mas ressalta que “para o futuro da vida humana neste planeta, há somente uma opção correta”.
“O dia mais importante para o planeta Terra e para a sobrevivência é o 30 de outubro”, conclui o texto.
rc (ots)