Montadoras

 

Primeiro veículo a ser produzido pela Volkswagen no Brasil, em 1957, a Kombi está prestes a se aposentar. Mas o adeus da perua de quase 56 anos será em grande estilo. A Volks lançará uma série especial no fim deste ano com uma réplica da versão comemorativa ao cinquentenário, em 2007. Os modelos da despedida terão cores vermelha e branca, popularmente conhecida como saia e blusa, e custarão cerca de R$ 45 mil. A aposentadoria da Kombi será compulsória, apesar dos bons resultados de vendas.

 

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De saia vermelha e blusa branca: o primeiro automóvel produzido pela Volkswagen no Brasil

terá de se aposentar por não ter estrutura para receber freios ABS e airbags

 

O determinante é a falta de estrutura para receber freios ABS e airbags, itens de segurança obrigatórios no País a partir de janeiro de 2014. Quase seis décadas desde seu lançamento, a Kombi mantém-se como o furgão mais vendido do mercado brasileiro, com 10.925 unidades no primeiro semestre deste ano, mais do que o dobro do segundo colocado.

 

 

  

 

Polêmica


Guerra ao preto

 

A grife americana Abercrombie & Fitch pode até ser referência em criar tendências da moda, mas está ficando mais conhecida por produzir polêmicas. Depois de despertar a indignação dos consumidores que estão, digamos, acima do peso ideal, ao anunciar em campanha (foto) o fim das vendas de roupas grandes, a marca voltou ao centro dos debates ao proibir que seus 3,6 mil funcionários usem roupa preta. A justificativa: o CEO Michael Jeffries detesta essa cor.

 

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Agricultura


A força do campo

 

A produção mundial de alimentos, liderada pelo Brasil, crescerá 7,2% neste ano em comparação a 2012, ao atingir 2,4 bilhões de toneladas. O resultado permitirá repor as reservas mundiais e garantir a estabilidade alimentar, segundo informe trimestral da agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicado na quinta-feira 11. No Brasil, espera-se neste ano uma safra 14,2% superior à de 2012, que foi de 161,9 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se confirmado, será o melhor desempenho do agronegócio de todos os tempos.

 

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Curtas


A Peugeot Citroën registrou queda de 9,8% nas vendas globais no primeiro trimestre, em razão do encolhimento do mercado europeu. Desde 2008, as vendas já caíram 40%.

 

A BRFoods será a primeira empresa brasileira a vender carne suína para o Japão. O lote inaugural, comprado pela Mitsubishi, sairá no domingo 14 do Porto de Itajaí (SC).

 

A ePharma, empresa de tecnologia farmacêutica, vendeu 45% de seu capital, na quinta-feira 11, para um consórcio de dois fundos americanos de investimento. O valor: R$ 170 milhões.

 

 



Dívida


Eike paga os árabes

 

Em meio a uma crise de confiança, o empresário Eike Batista deu, na quarta-feira 10, sinais de que está disposto a cumprir contratos. Ele abateu US$ 500 milhões da dívida de US$ 2 bilhões com o fundo árabe Mubadala.

 

 

 

 

Varejo


Coca-Cola bilionária

 

A Coca-Cola Andina Brasil, subsidiária da chilena Embotelladora Andina, anunciou na quinta-feira 11 a aquisição da Companhia de Bebidas Ipiranga, uma das mais antigas fábricas de Coca-Cola do País, em Ribeirão Preto (SP), por por R$ 1,2 bilhão.

 

 

 

 

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Visita


Skaf na Editora Três

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, foi recebido pelo presidente-executivo da Editora Três, Caco Alzugaray, na quinta-feira 11.

 

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Argentina


Sobrou até para Evita

 

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, tem mostrado uma impressionanate criatividade para causar confusão na economia do país. A última envolveu até a idolatrada primeira-dama Eva Perón, falecida há 60 anos. Por falta de conhecimento, estabelecimentos se recusaram a aceitar cédulas especiais de 100 pesos com a imagem de Evita. Suspeitava-se de que as notas comemorativas não tinham valor comercial. A confusão causou conflitos entre consumidores e lojistas. Em vez de desfazer o mal-entendido, o governo passou a ameaçar quem não aceitasse a nota. Revoltados, alguns comerciantes atearam fogo nas cédulas.

 

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Entrevista


“É impossível ser produtivo sozinho”

 

O economista mineiro Jorge Arbache escolheu um tema chave para que o Brasil retome seu crescimento: a produtividade. Professor da Universidade de Brasília (UnB) e assessor da presidência do BNDES, Arbache trabalhou também no Banco Mundial, onde se dedicou ao estudo de países em desenvolvimento, em especial os africanos. Acompanhe sua entrevista ao repórter Paulo Justus:

 

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Por que o Brasil não tem conseguido crescer 4,5%, abaixo do seu potencial estimado?

Um dos motivos é a crise mundial. Outro é a desaceleração da China. O crescimento brasileiro de longo prazo se baseou muito nos investimentos tradicionais, em fábricas, equipamentos e infraestrutura. A produtividade, que é o terceiro componente para o crescimento econômico, é baixa para os padrões internacionais. 

 

Qual é a solução?

É preciso investir mais em capital humano, novas tecnologias e inovações, além de trabalhar com as cadeias integradas de fornecedores. Assim como não é possível ser feliz sozinho, é impossível ser produtivo sozinho.

 

Por que é difícil aumentar a nossa produtividade?

Nada menos que 27% dos trabalhadores brasileiros são analfabetos funcionais. É um número muito alto para um país que ambiciona ter um maior impacto na economia mundial.