A queda das cotações das commodities tem tirado o sono dos investidores. O aumento da oferta do petróleo fez o barril chegar a US$ 55,91 na segunda-feira 15, recuo de 48,6% em 12 meses, prejudicando diretamente a Petrobras. Para os analistas, mesmo em um cenário que desconsiderasse a Operação Lava Jato, as ações da estatal estariam derretendo com o apagão. O minério de ferro, por sua vez, chegou a US$ 68,70 a tonelada, menor cotação desde 2009. Isso derrubou as receitas da Vale e da MMX e também afetou o setor de siderurgia, especialmente empresas como CSN e Usiminas, No ano, as ações dessas empresas desabam no pregão e os analistas não esperam melhora de cenário.

Palavra do analista:
para Ricardo Kim, da XP Investimentos, a queda das commodities derruba a receita das empresas enquanto os custos de produção continuam altos. “As perspectivas não são de retomada no curto prazo’, diz Kim.

Regulação

CVM reduz piso para investidor

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reduziu, na quarta-feira 17, de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões o piso para o investidor profissional. Para a categoria de investidor qualificado, o valor foi mantido em R$ 1 milhão.

Touro x Urso

Ao fim de um dos anos mais turbulentos dos últimos tempos, o Índice Bovespa está fechando 2014 com uma leve desvalorização de 5,5%. Os prognósticos para 2015 são ruins, devido às perspectivas de desaquecimento da economia e elevação dos juros.

Educação

Ser em São Paulo

O grupo pernambucano Ser Educacional, do empresário Janguiê Diniz, acaba de se matricular no Estado de São Paulo. Na segunda-feira 15 , comprou, por R$ 199,1 milhões, a Sociedade Paulista de Ensino e Pesquisa, que mantém a Universidade de Guarulhos (UnG). Pelo acordo, R$ 62,5 milhões serão pagos à vista e o restante em cinco parcelas anuais. Com a aquisição, a base de alunos da Ser será de 149,8 mill. No ano, as ações da empresa sobem 13,8%.

Bancos

BTG sobe com rumor de fusão

As ações do BTG Pactual, maior banco de investimentos independente com ações negociadas em bolsa, contrariaram a estabilidade do mercado e avançaram 1,9%, na terça-feira 16. O que motivou a alta foi uma notícia publicada por um colunista econômico dando como certas as negociações de uma fusão do BTG e o banco de investimentos americano Merrill Lynch, controlado pelo Bank of America (BofA), desde 2008. A justificativa para a fusão é o fato de o Merrill Lynch já ter tentado, sem sucesso, operar no Brasil. Por ser relevante no mercado, sem ter o porte dos gigantes do varejo, o BTG é um candidato adequado. No entanto, o banqueiro André Esteves, controlador do BTG, não estava para conversas. No mesmo dia, o banco divulgou nota negando as negociações.

Seguros

Itaú quer vender novas carteiras

O banco Itaú pretende colocar à venda áreas de seguros que não são consideradas estratégicas, como seguro garantia, resseguro e DPVAT. Em julho, o banco vendeu sua carteira de grandes riscos para a ACE por R$ 1,5 bilhão. “Já tiramos do nosso negócio uma parte relevante que dava muito trabalho, muito risco e pouco resultado”, disse o presidente executivo Roberto Setubal, na terça-feira 16. No ano, as ações do banco sobem 25%.

Tecnologia

Linx vai às compras

A paulista Linx, empresa desenvolvedora de softwares para o varejo, anunciou, na segunda-feira 15, a compra da paranaense Softpharma, especializada em sistemas de gestão de drogarias. Pela empresa, a Linx pagou R$ 44 milhões à vista e deverá desembolsar, em caso de cumprimentos de metas financeiras, mais R$ 21 milhões até 2016. No ano, as ações da Linx sobem 9,7%.

Mercado em números

Cielo
R$ 3,4 bilhões –
 É o quanto a empresa de meios de pagamento vai captar emitindo debêntures. Os recursos serão destinados à joint venture anunciada com o Banco do Brasil em novembro.

Rossi
R$ 750 milhões –
 É a estimativa de lançamentos da incorporadora em 2014. O número está aquém da capacidade anual de novos empreendimentos, de R$ 2,5 bilhões.

BicBanco
R$ 287,8 milhões –
 É o valor que o China Construction Bank, que adquiriu o BicBanco, em novembro de 2013, quer deduzir do valor pago pelo controle da instituição, avaliada em R$ 1,6 bilhão.

MMX
R$ 86 milhões –
 Foi o prejuízo da mineradora MMX, no terceiro trimestre, informado na terça-feira 16, ante um resultado negativo de R$ 1,2 bilhão no mesmo período do ano anterior.

Suzano Papel e Celulose
10 mil –
 É a quantidade de hectares que a empresa de papel e celulose pretende plantar no primeiro semestre de 2015, através de uma parceria feita com produtores do Maranhão, Tocantins e Pará.