14/01/2003 - 8:00
O hidroavião Centaur, da inglesa Warrior Ltd, nem foi lançado e já virou um dos objetos de desejo dos garotos de Wall Street. Eles já se imaginam partindo do New York Harbour rumo ao aristocrático balneário de Hamptons ou aterrissando em uma das ilhas das Bahamas ? saindo de Miami. Ir para o paraíso sem escalas (nada de aeroportos tumultuados, vôos lotados etc.) não tem preço. Ou melhor, tem: US$ 600 mil será o valor médio do Centaur, que já está com fila de espera. O que seduziu tanto os jovens nova-iorquinos?
Imagine um hidroavião construído por um ex-engenheiro de lanchas de corrida. Em vez de uma aeronave que somente aterrissa na água, o inglês James Labouchere fez uma espécie de barco veloz que voa.
Exageros à parte, o Centaur, que será lançado em meados
deste ano, é um dos mais modernos hidroaviões do momento e deverá atingir 260 quilômetros por hora. A confortável
aeronave, com capacidade para seis pessoas, foi criada por Labouchere com um ambicioso objetivo: resolver todos os
problemas que ainda restringem a performance dos atuais modelos de aeronaves aquáticas existentes no mercado. O acesso a ilhas remotas e a navios em alto-mar, por exemplo, não será um
problema para o Centaur.
Graças a sua aerodinâmica, o avião tem uma estabilidade que permite a aterrissagem em mar aberto e revolto. Além disso, suas asas são dobráveis, o que facilita a colocação dentro das marinas. Um de seus maiores trunfos é a boa performance na decolagem. O avião tem um nariz bem mais fino do que os demais. Isso gera uma menor resistência à água e facilita a saída. Some-se a isso um motor propulsor que permite um fôlego extra na partida do hidroavião.