Ao percorrer as principais plantações de cana-de-açúcar, soja e café da região central do Estado de São Paulo, o motorista trafega pelas estradas administradas pela Autovias, empresa do grupo espanhol Arteris, vencedora do ranking setorial de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET. A companhia é responsável pela gestão de 316,5 quilômetros de rodovias paulistas, que interligam 18 municípios e atendem cerca de 3,4 milhões de habitantes. O brilho do desempenho pode ser credi­tado à pujança do setor agrícola. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2012 o Produto Interno Bruto dessa atividade cresceu 8,1% em relação a 2011. 

 

98.jpg

 

Isso elevou em 19% o faturamento da Autovias, cuja receita saltou de R$ 252,1 milhões, em 2011, para R$ 301 milhões em 2012. O lucro cresceu na mesma proporção, avançando de R$ 66,2 milhões em 2011 para R$ 78,5 milhões no ano passado. A concessionária divide suas operações em dois segmentos. Um deles é o de veículos de passeio, que trafegam pelo interior paulista em direção ao litoral e a outros Estados. Outro, mais importante, é o do transporte de carga, tarifando os caminhões que trafegam pelas vias ligando as cidades paulistas de Araraquara, São Carlos, Franca e Ribeirão Preto. 

 

No transporte de carga está a chave para o crescimento dos resultados. “Nesse segundo perfil, o agronegócio responde por 80% de toda a nossa movimentação”, diz Linomar Barros Deroldo, presidente da Autovias. Segundo Deroldo, o agronegócio aquecido vem favorecendo os resultados da companhia, mas para garantir a sustentabilidade dos resultados é essencial manter uma contenção rígida de custos e reduzir ao mínimo os acidentes. “Não somos como uma indústria que pode fazer promoção quando precisa vender. Temos um preço e um fluxo médio de veículos bem definidos.” 

 

Atualmente, a Autovias emprega 201 funcionários diretos e 480 terceirizados. Para melhorar o atendimento, ampliar o fluxo de veículos que utilizam suas rodovias e reforçar sua política de redução de acidentes, a Autovias iniciou, em maio deste ano, seu maior projeto: a construção do trevo Waldo Adalberto da Silveira, principal acesso a Ribeirão Preto, localizado no quilômetro 307 da Via Anhanguera (SP-330). Avaliada em R$ 120 milhões, a obra tem 36 meses para ser entregue. “Com esse novo trevo, vamos aumentar o fluxo diário de 8 mil para 9 mil veículos e reduzir substancialmente os acidentes na região”, afirma Deroldo.

 

99.jpg