Por dois dias na semana passada o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ameaçou suspender a venda de novos planos pela TIM, em sete Estados. “Ou a TIM investe e melhora o serviço, ou proibimos a venda de novos planos”, disse ele, em encontro com empresários em Brasília. O resultado não poderia ser outro: as ações da operadora italiana caíram 10,47%, entre quarta 11 e quinta-feira 12. Somente na quinta, a queda foi de 7,55%, ante uma baixa de 0,28% do Ibovespa.

 

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 Companhia promete investir R$ 3 bi em infraestrutura.

 

“A TIM passa a impressão de não conseguir lidar com a própria expansão e, por isso, enfrenta problemas”, diz Henrique Florentino, da equipe de análise da Um Investimentos. “Uma das consequências da suspensão seria a perda de receita, quando se precisa de recursos para investir.” Para acalmar o ânimo dos investidores, a empresa enviou um comunicado ao mercado, no qual diz manter o plano de investimento de cerca de R$ 3 bilhões ao ano. Em maio, o presidente da companhia, Luca Luciani, renunciou para responder a processo judicial na Itália. O cargo está sendo ocupado interinamente por Andrea Mangoni, diretor-financeiro.