11/11/2009 - 8:00
300 milhões de dólares é a fortuna que Millan juntou com um programa de tevê, venda de livros e fábrica de biscoitos
Aos dez anos, ele ganhou o apelido de “El Perrero” (“O Cachorreiro”), por preferir a companhia de cães à amizade de garotos de sua idade. Aos 14, começou a treinar cachorros em uma fazenda nos arredores da Cidade do México. Aos 21, fugiu do lar mexicano para tentar a vida nos Estados Unidos.
Entrou como ilegal no país, mas conseguiu emprego – adivinhe – em um canil. Aos 25, graças à incrível habilidade que tinha para compreender os caninos e a habilidade para domá-los, começou a cobrar para adestrar os animais. Aos 29, com o dinheiro que ganhou, abriu uma empresa que oferecia o serviço de “treinamento afetivo para cachorros.”
Aos 32, conheceu um produtor de tevê que teve a ideia de fazer dele a estrela de um programa que ensinasse as pessoas a “criar o cão perfeito” e foi aí que o sucesso apareceu de verdade. Hoje, aos 40, o mexicano Cesar Millan é uma celebridade global e dono de fortuna estimada em US$ 300 milhões. O seriado “O Encantador de Cães”, que é transmitido para 90 países, é apenas a porta de entrada para o dinheiro grosso contabilizado todos os meses na conta de Millan.
No programa, ele é uma espécie de psicólogo para animais aflitos e problemáticos. Sua missão é resolver dilemas que os caninos enfrentam no dia a dia, como o medo obsessivo de uma torradeira elétrica ou a mania de perseguir pneus de automóveis. Com seu jeitão de galã latino, Millan passou a ser admirado por gente como a apresentadora Oprah Winfrey e o presidente da Disney, Michael Eisner.
Recentemente, Oprah pagou US$ 100 mil para que Millan curasse um labrador de uma tristeza profunda, quase existencial. O surpreendente é que ele resolveu o problema. Além de guru da tevê, o encantador de cães publicou quatro livros que, juntos, venderam dois milhões de exemplares.
Fora isso, ele é dono de uma empresa que fabrica biscoitos e brinquedos para cachorros e que deve fechar 2009 com receitas totais de US$ 100 milhões. Millan provou que o cão é mesmo o melhor amigo do homem.