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Para formar um time de campeões da natação é preciso “matéria- prima” de qualidade, treinamento constante e dinheiro. Mais especificamente R$ 10 milhões. Esse é o orçamento anual da Confederação Brasileira dos Desportos Aquáticos (CBDA). Boa parte dessa bolada sai dos cofres de empresas privadas e estatais. Desse total, R$ 3,9 milhões foram gastos apenas na preparação da equipe que representou o Brasil no Pan-Americano do Rio de Janeiro. O resultado foi excepcional: 27 medalhas, o dobro do obtido nos jogos de Winnipeg (Canadá). “Isso mostra que com recursos podemos transformar nossos talentos em verdadeiros campeões”, resume Ricardo de Moura, supervisor da CBDA. A trajetória do esporte no País começou a mudar em 1988, quando a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) entrou em cena. Com verba e gestão voltada para resultados, a natação já superou, em número de medalhas, modalidades tradicionais como o atletismo que dispõe do suporte empresarial da Caixa Econômica Federal e da BM&F. Os índices obtidos por atletas como Kaio Márcio, Cesar Cielo e Thiago Pereira no Pan-2007 colocariam o País em oito finais olímpicas da natação. Quem mais brilhou foi Thiago Pereira, de 21 anos. Nascido em Volta Redonda (RJ), ele escreveu o nome na história com o recorde de seis medalhas de ouro (oito no total), superando o americano Mark Spitz, que obteve cinco medalhas de ouro em um único Pan. Façanha celebrada com a edição de um selo comemorativo, com a figura de Thiago.

 

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PRESTÍGIO: Thiago superou o americano Mark Spitz e virou selo da ECT

 

Técnico de Thiago, a badalação e os compromissos com patrocinadores não interferem na carreira do atleta. “Temos conseguido manter um bom equilíbrio entre os negócios e os treinamentos”, diz. Para Vanzella, Thiago tem tudo para repetir e até superar o sucesso obtido por nadadores como Gustavo Borges e Fernando Scherer. “Thiago é jovem e ainda tem fôlego para brilhar nas olimpíadas de 2008 e de 2012”, aposta Vanzella.