Por Jonathan Allen

NOVA YORK (Reuters) – Meghan Picerno está de volta ao trabalho depois de 18 meses de limbo pandêmico, encantada por cantar e dançar novamente com seus colegas de elenco em “O Fantasma da Ópera”, agora que os artistas voltarem a se apresentar na atração que está há mais tempo em cartaz na Broadway.

À medida que a reestreia do musical se aproximava, às vezes a única coisa em que Meghan conseguia pensar era chegar ao momento dos agradecimentos poupada pelo surto de casos de Covid-19 que afastou mesmo atores vacinados de outras produções.

Nos dias longos passados em um estúdio de ensaios frio e cercado de espelhos perto da Times Square de Nova York, Meghan voltou ao que classificou como um lockdown.

“Sou uma perfeita monja agora”, disse ela durante uma pausa corrida para o almoço.

Ela sabe que seu emprego envolve riscos de exposição. Interpretar a heroína Christine exige que ela beije dois colegas diariamente e cante músicas de amor a plenos pulmões com os dois sem máscaras e a curta distância.

“Espero que nenhum de nós tenha (o vírus), porque se um de nós tiver, todos temos”, disse ela.

Os teatros movimentados da Broadway, vitais para o setor turístico de Nova York, foram os primeiros locais fechados pelo governo de Nova York quando o coronavírus começou a assolar o Estado.

A notícia sobre a interdição repentina veio durante uma matinê do “Fantasma” no Majestic Theatre no dia 12 de março de 2020, quando alguns integrantes do elenco e da equipe estavam adoecendo.

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