25/05/2016 - 19:15
O Hilton é uma cadeia de hotel cinco estrelas, que ganhou fama internacional por sua alta qualidade de serviços. Não se trata de um lugar para bilionários, mas quem se hospeda nele terá ao seu dispor o mesmo padrão em qualquer lugar do mundo. É exatamente essa a inspiração do Zen Rooms, uma startup que é um misto de Airbnb, site de compartilhamento de quartos, e da rede hoteleira que tem a polêmica socialite americana Paris Hilton como uma de suas herdeiras. A diferença é que ele quer conquistar o público que busca “um hotel limpinho e baratinho”.
Fundado em novembro de 2015 com foco no Sudeste Asiático pelos empreendedores francês Nathan Boublil e indiano Kiren Tanna, o Zen Rooms surgiu com aporte do fundo de investimento alemão Rocket Internet, o mesmo que investe na loja de moda online Dafiti e no serviço Easy Taxi no Brasil. Após conquistar 2,5 mil quartos em hotéis espalhados em 600 cidades de países como Indonésia, Tailândia, Sri Lanka, Malásia, Cingapura e Hong Kong, a companhia começou a operar no Brasil, com 20 estabelecimentos, com total de 50 quartos, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
A exemplo do Airbnb, a startup não é dona de um único hotel. Ela conta com uma rede de afiliados, que são obrigados a manter um padrão mínimo. Todos os quartos precisam contar com serviço sem fio Wi-Fi gratuito, serem limpos, oferecerem camas duplas e confortáveis, terem ar condicionado e chuveiro. “Acreditamos que esses são os itens que realmente importam aos viajantes de hoje”, diz Tanna. “Na verdade, é uma geração mais nova, que viaja mais e que precisa de opções econômicas.”
A empresa acredita na expansão para até 500 hotéis em seis meses. “Não cobramos assinatura mensal para entrar na plataforma”, diz Marcel Vitor Santos, diretor de operações no Brasil. “Mas toda vez que se vende uma noite, a gente ganha.” Estima-se que a empresa cobre 20% por diária. “Eles vão ajudar a gente a ficar conhecido”, diz Alessandra Gaspari, gerente do Villa Rosa Hotel, na Vila Mariana, em São Paulo. Dos 50 quartos do hotel, três estão bloqueados para a Zen Rooms. “Eles vão trazer muitos hóspedes estrangeiros.”
Apesar de oferecer suítes com preços a partir de R$ 140, a companhia entra no País num momento em que competidores internacionais estão se estabelecendo no Brasil, como o Airbnb. Para crescer , a Zen Rooms aposta em marketing digital e parceria a Booking.com e o Decolar.com. Para Tanna, o rápido crescimento da empresa na Ásia incentivou a abertura do negócio no País. “A crise econômica no Brasil faz com que o brasileiro busque mais opções para o seu orçamento”, afirma Tanna. “E isso faz sentido para a Zen.”