08/09/2010 - 21:00
Juntos, os dois até já gravaram um passeio de bicicleta na Holanda para promover o uso no Brasil. Huck também já pareceu como garoto-propaganda da Living Construtora, do detergente Minuano e da operadora Vivo, entre várias outras. Ela promoveu marcas de cosméticos e calçados. As campanhas são tão variadas como inusitadas. A última de Huck, para o Itaucard, foi gravada em uma montanha-russa.
Audiência
Obrigatório? Nem tanto
Os canais pagos nunca foram tão vistos. No horário das 20h30, a audiência cresceu 67% desde o início da propaganda eleitoral, diz a pesquisa Ibope TV. A migração para os canais fechados pode render bons resultados. Afinal, parte dos telespectadores deve continuar na programação paga após as eleições.
Mercado
O salto da Samsung
Uma promoção criada pela agência Mark Up elevou as vendas da Samsung em quase 20% nas linhas de som e informática nos últimos meses. A campanha envolveu cerca de 2 mil lojas, concentrou esforços junto a redes varejistas e posicionou o logotipo azul da marca coreana em locais estratégicos nos pontos-de-venda. A ação premiou também os vendedores, com 31 viagens para a África do Sul.
Futebol
Marca brasileira na Oceania
Pela primeira vez, uma marca brasileira deverá ser estampada na camisa de um time de Papua Nova Guiné, da Oceania. O Hekari United, campeão da Liga dos Campeões daquele continente, negocia, em sigilo, com uma empresa brasileira o patrocínio para o Mundial Interclubes, intermediada pela agência gaúcha Supermarcas.
Celular
Anúncio via Bluetooth
Ainda este ano, a agência 2Call Mobile Marketing lançará no mercado brasileiro, em 1,5 mil pontos, novos serviços de mídia mobile para agências de publicidade e anunciantes via Bluetooth – recurso que permite troca de mensagens sem custo entre telefones celulares. Os dois primeiros locais serão o Goiânia Shopping (GO) e o Shopping Della, em Criciúma (SC). Os clientes que estiverem com a função Bluetooth ativada no celular receberão anúncios e ofertas especiais.
Bate-papo
Sérgio Gorgilho, presidente da agência Africa
A Africa saiu da 8a para a 4a posição das maiores agências do País. Como?
A Africa é uma agência que funciona como uma consultoria. Temos apenas 11 clientes e nossa preocupação vai além de desenvolver campanhas publicitárias. Com esse modelo, o crescimento veio das contas que já temos.
É difícil substituir Nizan Guanaes na agência que ele fundou?
Divido a presidência com Márcio Santoro há seis meses e não caímos ali de paraquedas. Nos preparamos para estar onde estamos. O trabalho que o Nizan realiza lá fora é exatamente este, o de prospectar oportunidades para marcas brasileiras no cenário externo. Esta é uma tendência irreversível para as agências brasileiras.
Teremos o caminho inverso dos primórdios da propaganda no Brasil, quando as multinacionais vieram para cá atender os clientes estrangeiros delas?
É exatamente isso. Ficar plantado aqui no Brasil é ótimo para uma agência 100% brasileira e só com clientes nacionais na carteira. Quem tem cliente global, e a maioria tem, precisa ter uma compreensão maior, mais ampla. Hoje temos a Seara, que é uma marca global, Itaú e Vale. É importante manter o sangue brasileiro e acrescentar um olhar multinacional no seu trabalho.