Pouco antes de completar quatro meses na Casa Branca, Donald Trump enfrenta várias crises. Segue abaixo a relação dos principais problemas que perseguem o presidente dos Estados Unidos desde que ele tomou posse, em 20 de janeiro:

– Ingerência russa –

As agências americanas de Inteligência acusam a Rússia de ter interferido na eleição presidencial de 2016, ao “hackear” o Partido Democrata e ter fomentado a desinformação para prejudicar a candidata democrata, Hillary Clinton, em favor de Trump.

Desde julho, o FBI (a Polícia Federal americana) investiga a possível “coordenação” entre o comitê de campanha de Trump e o governo russo, o que Trump nega. O então conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, foi obrigado a renunciar em 13 de fevereiro por não ter informado sobre repetidos contatos – antes e depois da eleição – com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak.

– Pedido de Trump ao FBI –

Um dia depois da renúncia de Flynn, Trump se reuniu com o ainda diretor do FBI, James Comey, e lhe pediu que encerrasse a investigação sobre Flynn, segundo o jornal The New York Times.

A Casa Branca negou essa versão, a qual pode ser considerada obstrução da Justiça.

Comey teria deixado uma versão escrita da conversa, acrescentou o Times.

“Você é uma boa pessoa, espero que consiga deixá-la”, teria dito Trump, referindo-se à investigação.

– Demissão do diretor do FBI –

Em 9 de maio, Trump demitiu Comey, causando grande comoção. Seus adversários afirmam que ele quer, na verdade, obstruir a investigação sobre a Rússia.

Em um primeiro momento, Trump justificou sua decisão pela má administração de Comey na investigação dos e-mails de Hillary Clinton. Depois, mudou a versão e reconheceu que há muito tempo tinha a intenção de demiti-lo or conta da investigação sobre a ingerência russa nas eleições.

– Informação sigilosa passada para Moscou –

Um dia depois de demitir Comey, Trump recebeu na Casa Branca o chanceler russo, Serguei Lavrov, a quem forneceu informação sigilosa de Inteligência, de acordo com o jornal The Washington Post.

Jornais americanos noticiaram que a informação teria sido fornecida por Israel a Washington. Segundo a imprensa, tratava-se a intenção do grupo Estado Islâmico de colocar bombas, usando laptops em voos comerciais provenientes da Europa.

– Decreto imigratório bloqueado –

A decisão de Trump de impedir a imigração de países muçulmanos – uma promessa feita em sua campanha – foi revertida por uma corte da Justiça poucos dias depois de ser posta em prática em 27 de janeira. Uma versão alterada desse decreto voltou a ser bloqueada em 15 de março por um juiz federal do Havaí e, na sequência, em outros estados.

– Reforma do sistema de Saúde –

No final de março, Trump fracassou em sua tentativa de introduzir uma proposta de lei para substituir o chamado Obamacare. No começo de maio, porém, uma lei reformulada conseguiu ultrapassar o primeiro filtro da Câmara de Representantes. Agora resta o Senado, onde seria profundamente modificada.