07/05/2008 - 7:00
NO ESCRITÓRIO OU NAS lojas de sua concessionária de veículos, o empresário Waldemar Verdi Júnior, 63 anos, só tem um assunto em suas conversas: o lançamento do leasing operacional de automóveis para pessoas físicas, um produto, segundo afirma, inédito no mercado brasileiro. Segundo ele, a novidade oferece aos motoristas uma quarta opção além da compra, do leasing tradicional e do aluguel de um carro. Além disso, é mais um item na já extensa coleção de negócios lançados em primeira mão por Verdi e seu pai, Waldemar Verdi, fundador e presidente do conselho de administração do grupo. Os dois inventores de negócios colocaram no mercado, em 1966, o primeiro consórcio de caminhões no Brasil. Foi necessário um ano para completar o grupo inicial e entregar o primeiro Mercedes-Benz. Depois de superar as dificuldades da estréia de uma atividade desconhecida do público, o consórcio de caminhões deslanchou e, desde então, a Rodobens entregou 150 mil unidades. Na década de 80, eles entraram no ramo imobiliário, criaram produtos pioneiros e recentemente abriram o capital da Rodobens Negócios Imobiliários. Ao longo dos anos, foram acrescentando novos empreendimentos ao portfólio do grupo. Surgiu a Rodobens Corretora de Seguros. Depois o Rodobens Banco e, por fim, a Green Automóveis, concessionária de veículos com 24 unidades espalhadas pelo País. É como um quebra-cabeça: as peças são diferentes, mas se encaixam perfeitamente. Há profunda sinergia entre as empresas, o que reduz os custos.
A trajetória da Rodobens
Assim, a família ergueu um conglomerado de R$ 5,5 bilhões, com sede em São José do Rio Preto, no interior paulista. ?Agora, estamos apresentando ao mercado um produto que será muito bem-sucedido?, diz Verdi Júnior. ?E não vamos levar um ano para mostrar isso?, brinca ele, referindo-se ao início do consórcio de caminhões. Segundo afirma, o leasing operacional para pessoa física é um produto de enorme complexidade para quem o desenvolve, mas de grande simplicidade para o cliente. O modelo lançado é inspirado no adotado nos Estados Unidos, que é bem recebido por profissionais liberais, executivos e empresários. Ao contrário do leasing tradicional, o usuário poderá, depois de 24 ou 36 meses de duração do contrato, devolver o carro à Rodobens. Isso permite à empresa calcular as prestações do leasing levando em conta, basicamente, o montante correspondente à desvalorização que o veículo terá no período de duração do contrato ? já que vai ter o carro de volta. ?O ponto vital deste processo está na capacidade que temos, pela larga experiência no ramo, de avaliar corretamente qual será o valor do carro no final do contrato?, afirma Verdi Júnior.
Para facilitar a vida do cliente, o leasing é oferecido com serviço de manutenção do automóvel, licenciamento e seguro. ?A mágica só acontece porque conseguimos ter ganhos em escala nestes serviços?, afirma. Ele mostra cálculos feitos na ponta do lápis que são favoráveis a seu produto, na comparação com as opções que aqueles que utilizam carro têm no mercado. Entretanto, será o consumidor quem irá dar a palavra final neste caso ? como em todos os demais de uma economia livre. Mas a idéia nova já está lançada. (R.O.)