Papéis avulsos

 

A decisão da Klabin, dirigida por Fábio Schvartsman, de tocar sozinha o projeto da nova fábrica em Ortigueira, no Paraná, mexeu com o humor do mercado. A cotação dos papéis preferenciais caiu 15,13% na semana entre os dias 10 e 13 de junho. Para Victor Penna, analista do BB Investimentos, a volatilidade dos ativos deve continuar até o lançamento das units (compostas de uma ação ordinária e quatro preferenciais), o que deve ocorrer em três meses. ?Os grandes investidores derrubam a ação porque querem pagar menos ao comprar novos ativos?, diz. 

 

19.jpg

 

Outro motivo para a queda é que os acionistas minoritários se dizem lesados com o aumento de 15% no número de ações ordinárias detidas pelos controladores e na diluição de cerca de 3% do capital social para os demais acionistas. Para construir a nova fábrica e entrar no ramo de celulose, no qual a Klabin não atua, será necessário um investimento de R$ 5,3 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão com a emissão das units. O restante será captado junto ao BNDES. ?É um momento delicado para captar no mercado, pois muitos investidores estão recorrendo a títulos americanos, mas, ainda sim, é uma emissão muito significativa.?

 

20.jpg

 

 

 

 

 

Bancos


Daycoval cancela sete milhões de ações

 

O conselho administrativo do Banco Daycoval aprovou, na quinta-feira 13, o encerramento do programa de recompra de ações. Ao todo, o banco adquiriu 6,8 milhões de papéis preferenciais e a estimativa é de que a instituição tenha gasto cerca de R$ 63 milhões no programa, levando-se em conta a cotação da quinta-feira 13. O banco também cancelou sete milhões de papéis ordinários que estavam sob sua posse. O objetivo da operação é fortalecer a cotação do ativo. Em 12 meses, as ações subiram 7,3%.

 

 

 

 

Comgás


Barrado na CVM 

 

Na quinta-feira 13, um dia após o presidente da Comgás, Luís Henrique Guimarães, anunciar a retomada da emissão de debêntures simples, interrompida em abril, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a oferta pública planejada pela empresa. O motivo, segundo a CVM, foi a publicação, em 12 de junho, de matérias jornalísticas com declarações de Guimarães sobre a oferta de R$ 520 milhões.

 

21.jpg

 

 

 

22.jpg 

23.jpg

 

 

Destaque no pregão


Mercado derrapa e a Gol decola

 

As ações da companhia aérea Gol, presidida por Paulo Kakinoff, inverteram a tendência de queda e decolaram durante a semana acumulando alta de 10,57% até a quinta-feira 13. Somente no dia anterior, os papéis subiram 7,37%, para R$ 8,45. O motivo da euforia foi a notícia de que a Agência Nacional de Avia­ção Civil está avaliando a situação financeira das companhias, com vista a um pacote de ajuda do gover­no ao setor, o que pode melhorar os fundamentos. 

 

24.jpg

 

Palavra do analista:

De acordo com Rodrigo Fernandes, analista da corretora UBS, é um bom momento para comprar papéis da empresa, pois estão abaixo do seu valor real. ?Todos os resultados solicitados pelos investidores foram cumpridos pela Gol, incluindo o IPO da Smiles?, afirma.

 

 

27.jpg

 

 

Touro x Urso

 

O ritmo dos mercados durante a semana será ditado, principalmente, pelos desdobramentos da economia americana. Com os sinais de recuperação do consumo e da atividade industrial do País, investidores estão dispostos, ao que tudo indica, a levar seus dólares para lá. Por aqui, continua aceso o sinal de alerta na bolsa e no câmbio.

 

25.jpg

 

26.jpg

  

Cartões 


CSU expande a base 

 

A base de processamento de cartões da CSU CardSystem teve o seu maior crescimento mensal dos últimos dois anos: 900 mil novos exemplares foram confeccionados pela empresa. Desse número, 60% foram para novos clientes. O principal motivo dado para o aumento foi a contínua demanda dos consumidores pertencentes às classes C e D por itens que facilitem seu ingresso no mercado de consumo, como o cartão de crédito.

 

28.jpg

 

 

 

Mercado em números


BNDESPar

R$ 2,5 bilhões – é o montante que o braço financeiro do BNDES quer captar com a emissão de debêntures simples. Os papéis devem ser lançados até 12 de julho, em quatro séries.

 

Tereos

R$ 2,06 bilhões – foi a receita líquida da produtora de amido, açúcar e bioenergia até março, período que corresponde ao quarto trimestre do ano fiscal 2012/2013. Embora o resultado seja 14,4% maior, a empresa obteve um prejuízo de R$ 10 milhões no período.

 

Bradesco

R$ 830 milhões – é a remuneração total destinada aos acionistas na forma de juros sobre o capital próprio, sendo R$ 0,16 por ação ordinária e R$ 0,17 por ação preferencial, que deve ser paga em 18 de julho.

 

Cosan

R$ 3,4 milhões – foi a reserva de lucro que a companhia fez para recomprar cerca de 1,2% das ações em circulação no mercado até o dia 11 de junho de 2014.

 

IOCHPE Maxion

R$ 185 milhões – foi o valor recebido pela companhia pela venda de um imóvel no município de Hortolândia, no interior de São Paulo, para uma empresa do setor imobiliário.

 

 

 

 

Pelo mundo

 

IBM faz cortes nos EUA

 

A IBM deve dispensar 1,3 mil trabalhadores nos EUA. A redução inclui demissões em marketing e em pesquisa e desenvolvimento de semicondutores. As dispensas fazem parte de um plano de reestruturação global da empresa. Com o anúncio, as ações subiram 1,3%, para US$ 203,77.*

 

 

 

 

Voo bilionário da Latam

 

Os acionistas da Latam devem aumentar o capital da companhia em US$ 1 bilhão, com a emissão de 63,5 mil ações, das quais 1,5 milhão serão destinadas a executivos. As ações fecharam em alta de 3,14% para 8,603 mil pesos chilenos.*

 

 

 

 

Primavera negra para Dupont

 

A primavera mais chuvosa na América do Norte e na Europa deve prejudicar o setor de negócios agrícolas e gerar queda de 10% no lucro operacional da DuPont. No primeiro trimestre, o setor foi responsável por 45% da receita de US$ 10,4 bilhões. As ações fecharam em alta de 0,02%, em US$ 23,4.*

 

30.jpg

 

*cotação de 16 de junho

 

 

 

 

 

Personagem


Lopes na ponta do lápis

 

O ano de 2012 foi menos favorável que o de 2011 para lançamentos imobiliários. O valor dos novos empreendimentos colocados à venda recuou R$ 7 bilhões. No entanto, apesar do cenário adverso, o volume de vendas da Lopes, que concentra 75% dos seus negócios no mercado primário, cresceu 4% por meio da diversificação. Ela direcionou mais esforços aos imóveis usados e ao atendimento ao incorporador. Na ponta do lápis, deu certo. Marcelo Leoni, CEO, falou com a DINHEIRO:

 

31.jpg

Marcelo Leoni, CEO da Lopes: aposta em usados para driblar

escassez de lançamentos

 

 

 

Quais foram as estratégias para lidar com um mercado primário menor de imóveis?

Uma das grandes apostas foi o mercado de usados. No ano passado, conseguimos fechar com a maior operação de imóveis usados do Brasil, com alta de mais de 20%. Só no primeiro trimestre, crescemos 17% nesse segmento. Para o resultado, apostamos em aquisições e no crescimento orgânico, aumentando nosso número de lojas e investindo na capacitação do pessoal.

 

Mesmo assim, o mercado primário ainda representa 75% das vendas da empresa?

Sempre fomos líderes no segmento de lançamentos e também fizemos algumas ações para manter os bons resultados, mesmo em um cenário mais difícil. Nesse sentido, focamos no serviço de atendimento ao cliente incorporador. As vendas intermediadas no mercado primário representaram R$ 14,4 bilhões das vendas contratadas em 2012, desempenho estável se comparado ao do ano anterior.

 

Quais são as estra­té­gias para 2013?

Neste ano vamos reforçar nossas apostas anteriores. A meta é aprimorar o atendimento aos incorporadores, grandes e pequenos, e focar no crescimento da operação de usados, que hoje representa 25% de nossas vendas. Sabemos que há muito espaço para crescer. Além disso, queremos manter o crescimento da carteira da CrediPronto!, nossa joint venture com o Itaú, que em 2012 avançou 56%.

 

A Lopes concentra as atividades no Sul e no Sudeste, além de Brasília. Por quê?

Nosso forte é o segmento de média e alta renda, apesar de atuarmos, também, com imóveis de padrão popular. Por isso, focamos em regiões que permitam o crescimento desse tipo de empreendimento.

 

O preço do metro quadrado subirá mais?

Em São Paulo, os números da Embraesp já mostram que o valor do metro quadrado na cidade está mais estável. Daqui para a frente, essa será a tendência, com exceção, claro, de um bairro ou de outro.

 

32.jpg