30/06/2016 - 0:00
O empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, tem uma regra de ouro que compartilha com o megainvestidor George Soros. Ambos investem em empresas tradicionais da velha economia, excelentes geradoras de caixa.
Por esse motivo, se você analisar o portfólio dos dois investidores, encontrará companhias dos setores de alimentação e de bebidas, como a cervejaria AB Inbev, a rede de fast food Burger King e a Kraft Heinz – esta última um investimento conjunto da dupla.
De uns tempos para cá, Lemann e Buffett estão começando a observar o setor tecnológico com outros olhos. O mago de Omaha, que já havia comprado ações da IBM, investiu US$ 1 bilhão na Apple em março deste ano.
Lemann, que é acionista da B2W (dona do Submarino e da Americanas.com), parece seguir os passos de Buffett. Ele redobrou sua aposta na Movile, uma empresa brasileira de aplicativos, dona do PlayKids e do iFood, por meio do fundo Innova Capital, da qual é um dos cotistas.
Em março de 2014, o fundo do empresário investiu US$ 55 milhões na startup brasileira. Nesta semana, ele acompanhou o fundo sul-africano Naspers, em uma nova capitalização de US$ 40 milhões.
Por meio deste fundo, que é comandado por Verônica Serra, filha do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ele também investiu no Snapchat, uma rede social de fotos e vídeos que desaparecem depois de alguns segundos, usada majoritariamente por adolescentes.
Na recente capitalização de US$ 1,8 bilhão, na qual Lemann participou, o Snapchat foi avaliado em US$ 18 bilhões. Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas usam a rede social diariamente, mais do que o Twitter.
O Snapchat é a rede social sensação do momento e, segundo apurou o blog BASTIDORES DA DINHEIRO, tem planos de abrir uma operação no Brasil nos próximos meses.
É, pelo menos, o que tem dito os executivos de Snapchat a empresários brasileiros que foram conhecer a sua sede nos Estados Unidos. Procurado, o Snapchat não retornou os contatos.
“O Brasil é o paraíso das redes sociais”, diz uma fonte que conversou com executivos do Snapchat e ouviu seus planos. “Faz sentido estar aqui.”
