03/08/2011 - 21:00
A morte da cantora inglesa Amy Winehouse, aos 27 anos de idade, na tarde de sábado 23, em sua casa, em Londres, colocou um precoce ponto-final em uma carreira que podia durar décadas. Foi sua vocação autodestrutiva que interrompeu essa projeção. A cantora enfrentava problemas com uso excessivo de álcool e drogas e, apesar de estar em tratamento, não teria resistido aos efeitos provocados pelo uso prolongado e abusivo dessas substâncias. Com isso, barrou uma escalada de sucesso que já havia lhe rendido US$ 33 milhões. É bem verdade que, nos últimos meses, ela já havia comprometido esse percurso de ganhos. Vários de seus shows pelo mundo tiveram que ser cancelados. Mais importante do que saber do que Amy efetivamente morreu é descobrir quem irá administrar seu legado financeiro e quem herdará seu talento.
Tanto para fazer músicas, uma expertise que, a despeito de todas as polêmicas que a envolviam, ajudou a vender mais de 12 milhões de discos e a acumular cinco prêmios Grammy, quanto para vender produtos. O sucesso transformou-a em diva e it girl (categoria de mulheres que têm o dom de influenciar muitas outras, com seu estilo de vida e seu guarda-roupa) da noite para o dia. Essa capacidade foi capitalizada pela marca britânica de roupas esportivas, Fred Perry, que a convidou para desenhar uma linha de roupas, no ano passado. A cantora criou vestidos, blusas, saias e acessórios inspirados em seu próprio estilo, identificado principalmente por um indefectível penteado armado no alto da cabeça e olhos marcados pelo uso abundante de delineador.
Estilo para todas: croqui e peças de roupas e acessórios que a cantora criou para a tradicional marca inglesa Fred Perry – de 55 libras a 275 libras
Amy, como foi batizada sua linha, teve somente duas coleções. Procurada pela DINHEIRO, a grife não se pronunciou sobre o futuro das peças criadas pela diva, que custam entre 55 libras e 275 libras. Seu espírito empreendedor levou-a, também, a criar sua própria gravadora, a Lioness Records. O talento para arrebatar fãs continuou até mesmo nos seus primeiros momentos póstumos. Segundo a Universal Music Brasil, a gravadora da cantora no País, só no fim de semana de sua morte foram vendidos cerca de 100 mil títulos entre CDs e DVDs. Mais 300 mil unidades das duas mídias estão sendo impressas para suprir a demanda dos fãs órfãos. Seu segundo álbum voltou rapidamente à lista dos 100 mais vendidos do Reino Unido. Especialistas garantem que as vendas vão crescer ainda mais.