26/05/2004 - 7:00
A indústria de fundos cresceu muito no País nos últimos anos. Atualmente, existam cerca de 6 mil produtos disponíveis nos bancos e nas administradoras independentes. Com tanta oferta, é natural que os investidores tenham dúvidas na hora de aplicar o seu dinheiro. Especialistas ouvidos por DINHEIRO dão, a seguir, dicas para quem deseja entrar nesse tipo de aplicação.
Defina o perfil do investidor e do gestor ? O primeiro passo é saber qual o seu perfil de risco, se conservador, moderado ou agressivo. Para cada tipo de aplicador há um produto indicado. O importante, recomenda Carlos Guerra, diretor da Santos Asset Management, é que o investidor busque um gestor com o mesmo perfil que o seu. ?Se o aplicador tem um perfil agressivo, deve procurar um gestor também com essa qualidade, pois terá os melhores resultados?, aconselha Guerra.
Analise a rentabilidade e a carteira ? Os especialistas recomendam uma análise detalhada da composição da carteira, isto é, saber em que papéis o gestor aplica. Outra dica importante é olhar a rentabilidade por longos períodos (acima de 12 meses) de preferência passando por momentos de crise. Mesmo assim, ganho passado não garante lucro no futuro. ?Não basta dirigir o carro olhando sempre pelo retrovisor?, compara Edvaldo Morata, diretor de fundos do Santander Banespa. ?Às vezes, depois de uma longa reta vem uma curva.?
Atente para as taxas ? Os gestores cobram taxas de administração, que variam de 0,5% a 4% ao mês. Além disso, diferentemente da poupança, os fundos pagam 20% sobre a rentabilidade a título de Imposto de Renda. ?Ao calcular a rentabilidade, o aplicador tem de ver se já está descontado o IR?, observa Carlos Coradi, da EFC Consultores.
Tamanho não é documento ? Há tempos que o tamanho do fundo, medido pelo seu patrimônio líquido, deixou de ser importante. Os custos fixos têm caído e surgiram vários administradores independentes. ?A indústria já acha até mais fácil gerenciar fundos menores?, diz o professor William Eid Júnior, da FGV-SP.