A vela oceânica é, definitivamente, um esporte de elite. Bilionários do calibre de Paul Allen, um dos donos da Microsoft, Larry Elisson, maior acionista da Oracle, e Patrizio Bertelli, o comandante da Prada, são alguns dos praticantes. Grifes como Louis Vuitton, Volvo, Rolex e outros ícones do luxo costumam ligar seus nomes às provas nobres do iatismo. Remar contra essa maré de glamour e conseguir penetrar nesse mundo particular, extremamente fechado, é uma tarefa difícil. Mas há, contudo, uma chance para quem estiver disposto a pagar US$ 6,15 milhões. Esse é o preço cobrado para ser um dos donos do barco neozelandês Maximus. Trata-se de um veleiro de competição com 98 pés (o equivalente a 30 metros de comprimento) construído em fibra de carbono. A embarcação, classificada como Super Maxi, uma categoria onde tudo é superlativo, já ganhou regatas importantes como a Rolex Transatlantic Challenge e a JP Morgan Round Isle of Wight Race. É, portanto, um barco com pedigree. ?Esse tipo de embarcação leva matéria-prima de alta tecnologia?, diz Alan Adler, especialista em vela. Nem por isso é luxuoso. Todos os espaços são usados para levar equipamentos e cada quilo a mais é considerado prejudicial nas provas. Mas, se faz bem ao ego, você pode pôr o seu nome na vela. Assim, todos saberão quem é o dono.