Mesmo antes de Jim O?Neil, do banco norte-americano Goldman Sachs, criar o termo BRIC para designar as quatro principais economias emergentes, a Universidade de Pittsburgh já estava de olho no Brasil, na Rússia, na Índia e na China. No ano 2000, a universidade norte-americana enxergou no Brasil uma grande oportunidade e ofereceu o MBA mais caro do País. Enfrentou tempos árduos quando a moeda americana chegou aos R$ 4, mas apostou no potencial das multinacionais que cresciam por aqui. Quando a teoria de que os emergentes seriam os países do futuro ganhou corpo, seu curso voltado para executivos que querem desbravar essas pulsantes economias finalmente vingou. Hoje, existe não só em São Paulo como também em Praga (para atender a Rússia) e Pittsburgh. Em 2008, virão as unidades na Índia e na China. ?Brasil e Praga são as nossas principais vitrines?, conta Fabio Yamada, diretor do MBA Executivo da Universidade de Pittsburgh no Brasil.

Alunos pagam US$ 50 mil e têm aula em três países

Apesar do alto preço (US$ 50 mil), para ser aceito no curso não basta somente colocar a mão no bolso. É necessário passar por uma série de avaliações, incluindo uma entrevista na própria escola de negócios da Universidade de Pittsburgh. O executivo deve ter no mínimo dez anos de experiência profissional e fluência em inglês. Os professores de Pittsburgh vêm uma vez por mês ao Brasil. Todos os alunos se reúnem no decorrer dos 15 meses de curso em Praga, São Paulo e Pittsburgh e trabalham em projetos juntos, mesmo estando distantes. Formado em Engenharia Elétrica pela Unicamp, Yamada descobriu o mundo dos negócios sem MBA. ?Desisti da engenharia no momento em que descobri que não podia trocar uma lâmpada?, conta. Fez três pós-graduações: em Finanças, na GV, em Negócios, no Japão, e em Marketing, no Canadá. E, apesar de representar um dos mais renomados programas, não acredita que este seja o único passaporte para o sucesso. ?O curso oferece ao aluno as melhores ferramentas. Até onde ele vai chegar, depende do esforço pessoal?, conclui.