“Mark, sinto muito: não rola”. Essa é praticamente a resposta da Intel para a visão de Zuckerberg para seu metaverso. Pelo menos nos próximos anos.

A capacidade de processamento que se espera de um metaverso limpo, sem travamento, com um mundo que você olha ao redor e ele parece real ainda está muito longe de acontecer, segundo o VP da Intel, Raja Koduri: “Real computação imersiva e constante, em uma escala acessível para bilhões de humanos em tempo real, vai precisar de 1 m vezes mais eficiência em computação do que temos atualmente”. Além do hardware, será preciso ter novas arquiteturas de software para tornar esse universo uma “realidade”.

O que o executivo quer dizer, na prática, com isso? Se você quiser avatares realistas com pele, cabelo, roupas, com sensores capturando o mundo real e o transformando em objetos 3D, diferente de um game imersivo com óculos, ainda não é a hora. Os gamers já sofrem com latência durante os jogos, com personagens com rostos claramente falsos. Não chega a ser um balde de água fria… talvez um copo, vai. Mas ele avisa que a inteligência artificial pode dar uma acelerada no processo.

(Nota publicada na edição 1254 da Revista Dinheiro)