05/09/2012 - 21:00
Maior incorporadora do País, com uma receita de R$ 6,9 bilhões, a PDG não teve muito o que comemorar, nos últimos dois anos. Em 2011, suas ações caíram 40,9%. Neste ano, acumulam queda superior a 30%. No segundo trimestre, suas perdas atingiram R$ 437,5 milhões, o maior prejuízo dentre as construtoras das Américas e o sexto maior entre todas as empresas de capital aberto do Brasil, segundo a consultoria Economática. Não bastasse isso, a PDG não tem sido muito popular entre seus clientes, em razão dos atrasos de algumas de suas obras. A PDG, no entanto, quer enterrar esse histórico recente.
Piani: “A prioridade número 1 será voltarmos a ter geração de caixa positiva”
Na quarta-feira 29, deu dois passos para reconstruir sua imagem. Primeiro, o fundo de investimento Vinci Partners voltou a ser o principal acionista da incorporadora, aportando R$ 483,4 milhões para o aumento de capital de R$ 800 milhões da companhia. Com isso, o fundo do banqueiro Gilberto Sayão, que é presidente do conselho da PDG, passa a deter 9% de participação na empresa. O segundo movimento foi a troca de comando. O presidente José Antônio Grabowsky, no posto desde 2003, foi substituído pelo executivo Carlos Augusto Piani, conhecido como Guto, 37 anos.
“A prioridade número 1 será voltarmos a ter geração de caixa positiva”, disse o novo presidente, em teleconferência com os analistas, realizada na quinta-feira 30, quando assumiu o comando da incorporadora. O novo presidente da PDG tem sua origem no mercado financeiro. Começou sua carreira no Pactual. De 2004 e 2007, foi vice-presidente e presidente da Cemar, a distribuidora de energia do Maranhão. Nessa época,Piani ajudou a empresa a reverter um prejuízo líquido de R$ 31 milhões para um lucro de R$ 278 milhões. Desde 2010, respondia pela área de private equity da Vinci Partners. “Piani é uma boa opção: um cara novo, que deve vir com bastante gás”, diz Guilherme Rocha, analista do setor de construção do Credit Suisse.