25/11/2011 - 21:00
A maior arma do governo para garantir o desenvolvimento sustentável e os índices promissores de crescimento da economia a partir de 2012 será, mais uma vez, o PAC. Na semana passada, o Ministério do Planejamento convocou uma entrevista para fazer não apenas um balanço dos resultados do programa até aqui como também para informar que tem uma estratégia contra a crise global baseada no chamado Plano de Aceleração do Crescimento. Nas palavras da ministra Miriam Belchior, titular da pasta, o PAC cumprirá um “papel anticíclico”. Em números, os desembolsos a partir do ano que vem são animadores. A expectativa é de que até 2014 quase 74% dos investimentos de R$ 955 bilhões previstos para a segunda fase, o PAC 2, sejam realizados. Mais de R$ 303 bilhões caberão à Petrobras e aos seus planos de expansão no contexto do pré-sal. Em 2011 já ocorreu um aumento expressivo de 222% nos desembolsos efetivos do programa em relação ao ano anterior.
O problema é que a fatia dos investimentos custeada diretamente pelo governo continua a sair em um ritmo muito lento – quando não é simplesmente abolida. Dos R$ 36,4 bilhões autorizados para 2011, saíram do Tesouro apenas R$ 5,5 bilhões. A alegação para esse tímido desempenho é de que o governo está ainda no seu primeiro ano de mandato. Também pesaria o fato de que quase metade das obras se encontra em licitação ou em fase de regulamentação. Batizada pelo mentor Lula como “A Mãe do PAC”, a presidenta Dilma mostra determinação em mudar o quadro e orientou seus ministros a usar o PAC para evitar o fraco desempenho do PIB dos últimos tempos. Quer, com essa sinalização, reverter a onda de pessimismo que parece tomar parte do empresariado. As informações que chegam ao Planalto dão conta de uma paralisia do setor privado. Muitos teriam engavetado projetos à espera de um aval do governo. E ele promete vir em forma de recursos e projetos.