14/01/2003 - 8:00
Será que o dólar ainda vai render bons lucros? Qual o futuro da Bolsa? Os juros vão cair? Em busca dessas respostas DINHEIRO ouviu a opinião de renomados especialistas independentes (profissionais que não trabalham em bancos) de finanças.
?Os conservadores devem concentrar 55% do portfólio em fundos DI. O restante pode ser distribuído em contratos de ouro na BM&F e em imóveis. Já para o investidor que aceita um risco moderado, a sugestão é colocar 50% em DIs , 25% em fundos de ações e a última parcela em ativos reais, como imóveis. Apenas quem não teme o risco tem a chance de ficar com 35% nos DIs e deixar cerca de 20% na renda fixa e 45% em ações.?
Fábio Colombo, gestor de investimentos
? Para quem tem o perfil mais conservador, a dica é manter uma parcela das aplicações (20%) nos fundos IGPM, que acompanham o índice de inflação. Outros 20% devem ser destinados aos CDBs pré-fixados com vencimento de, no mínimo, um ano. E a maior parte fica nos convencionais DIs. Os moderados devem arriscar cerca de 15% em fundos derivativos e 5% na Bovespa. Para este ano, os mais ousados podem aproveitar a chance de ganhos nas aplicações cambiais atreladas ao euro e arriscar no mínimo 15% em ações.?
Mário Esteves, da MCA Economy
?Investidores conservadores devem manter as aplicações em renda fixa. Uma boa opção são CDBs, de preferência os garantidos por grandes e tradicionais grupos financeiros. Para os corajosos e agressivos, apostar em ações de empresas bem capitalizadas pode ser também um bom negócio a longo prazo, de dois a quatro anos. Mas todos precisam ter uma reserva para agüentar eventuais turbulências. ?
Louis Frankenberg, planejador financeiro
?A Bolsa está barata e se o novo governo não fizer nenhuma bobagem, deverá subir este ano. O ideal é o investidor formar uma carteira diversificada com, por exemplo, papéis da Vale do Rio Doce, da Embraer, da Gerdau e de uma empresa do setor de celulose, como a Aracruz. Para o aplicador alheio a risco, a recomendação são os fundos de renda fixa.?
Carlos Daniel Coradi, presidente da EFC
?O mais indicado para este ano é buscar segurança, ou seja: aplicações de prazos curtos, com boa liquidez e segurança. E nessa linha a melhor alternativa seria investir em fundos DI, pois os juros vão permanecer altos, os títulos são garantidos pelo governo e você pode sacar a qualquer hora sem perder os rendimentos obtidos. Fuja de aplicações como dólar e ouro, pois eles poderão oscilar bastante, o que é um risco para o investidor.?
Miguel Oliveira, diretor da Anefac
?Quem prefere segurança, a carteira deve ficar com 85% dos recursos em fundos DI e 15% em CDB?s prefixados. Os moderados podem diversificar. Colocar 55% em DI, 25% em CDB?s prefixados, 10% em ações e 10% em de derivativos. Se o risco não
assusta, destine 10% aos DI, 35 % aos CDBs prefixados, 30% aos fundos de ações, 15% aos derivativos e 10% aos Fiex (títulos da dívida externa).?
Alexandre Póvoa, gestor financeiro